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Terça Feira, 18 de Março de 2025

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Discovery Channel mostra ao mundo potencial do ouro em Mato Grosso

18 de Março de 2025 as 06h 12min

Minerador norte-americano Parker Schnabel, que comanda série do Discovery Channel – Foto: Divulgação

Peixoto de Azevedo, que tem 12.284 hectares destinados à atividade garimpeira, ganhou protagonismo na sétima temporada do reality show “A Febre do Ouro: Parker Schnabel”, produzido pelo Discovery Channel. Sucesso da TV norte-americana, o programa explora as buscas do minerador Parker Schnabel por possíveis investimentos em propriedades ricas no minério.

De acordo com dados levantados pela produção, a cidade movimenta cerca de 4 toneladas de ouro anualmente, o que gera uma receita de aproximdamente US$ 200 milhões de dólares (R$ 1,14 bilhão na cotação de sexta-feira).

O montante impressiona Parker, já que é quase o dobro das 2,2 toneladas de minério extraidos na região de Yukon, no Canadá, onde ele possui área de mineração. 

Com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais, Parker é uma celebridade mundial conhecido pela atividade garimpeira retratada no reality. O norte-americano se tornou referência na atividade ao minerar mais de US$ 13 milhões (R$ 74.636.900) com apenas 24 anos de idade.

“Peixoto tem coisas positivas. É uma cidade bem desenvolvida, com direitos de mineração e leis que parecem ser bem estabelecidas. Essa região me atrai mais do que todas as regiões que a gente conheceu antes”,  afirma Parker em trecho do programa, disponível na plataforma Max.

Filmado em 2024, o episódio aborda a organização Peixoto em relação à atividade garimpeira, retratando os lucros e os desafios para manter a atividade na cidade, bem como as consequências para populações indígenas e áreas de preservação.

Entusiasmado com o potencial da cidade, Parker resolve iniciar uma negociação para adquirir uma área de 50 hectares do empresário Marcelo Balbinot, que vive na região há 35 anos e construiu fortuna com a mineração e agropecuária. Na chegada à casa do empresário, o norte-americano se impressiona com a sofisticação. "Dá para ver que ele se deu bem na vida", diz.

Balbinot revela que na terra em negociação é possível retirar 5 gramas de ouro por metro quadrado, quase oito vezes mais que em Yokon. “Essa região é rica para a mineração. Eu sempre falo que se aparecesse um lugar com a mesma produtividade e rentabilidade que há lá em Yukon, sem o problema de ter que parar no inverno por causa da terra congelada, eu poderia me dar muito bem”, avalia Parker.

No dia seguinte, a negociação prossegue. E Balbinot revela o valor que quer pelos 50 hectares: algo em torno de R$ 6 milhões, ou US$ 1 milhão na cotação da época. É cinco vezes mais do que Parker havia pago em Yukon. Ele faz as contas e decide recuar. "Os riscos que eu correria aqui são muito altos. Acho que tem muito potencial aqui, mas preciso pensar nisso com calma", conclui. "Não é o negócio ideal para mim".

BILHÕES

Segundo dados da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavep) repassados à equipe de produção, a cidade já extraiu, desde 1978, cerca de 250 toneladas de ouro, o que representa US$ 14 bilhões (R$ 80,378 bilhões).

De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Coogavep é atualmente a maior cooperativa legal de garimpo do Brasil com cerca de 7 mil associados, responsáveis por 4% da produção nacional de ouro.

Cerca de 0,3% do lucro de produção individual dos garimpeiros é repassado à cooperativa para custear licenças ambientais, documentos e financiar projetos sociais dentro da comunidade.

Fonte: DA REPORTAGEM

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