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DISPAROU: Selma teme que Brasil entre em uma crise institucional
"Mãos amarradas por uma legislação feita para que as coisas não deem certo", disse a senadora
01 de Outubro de 2019 as 19h 00min

CLEMERSON SM
clemersonsm@msn.com
com Agência Senado
Usando de seu tempo no Plenário, a senadora Selma Arruda (Podemos-MT), para alertar à população contra uma movimentação no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode colocar em risco as condenações da Operação Lava Jato.
Segunda a senadora mato-grossense, a decisão do STF pode definir o Brasil como “um país da impunidade”.
Na semana passada, seis dos 11 ministros do Supremo votaram favoráveis a uma tese de que os réus delatores deverão apresentar suas alegações finais, dentro dos processos judiciais, sempre antes dos réus que não fizeram o acordo. Para que a decisão se torne válida é necessário que oito dos 11 ministros votem favoráveis. A discussão vai continuar esta semana no STF.
De acordo com um levantamento feito pela força-tarefa da Lava Jato, caso o entendimento do STF seja esse, 32 sentenças da Operação podem ser anuladas e beneficiar 143 condenados.
A senadora Selma Arruda, criticou também os esforços do Supremo na busca pela suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Mas a metralhadora de Selma não parou por aí, ela mirou também na “lei de Abuso de Autoridade, a qual classificou como uma “abrreação”.
“Quando você é juiz, promotor, delegado você se vê com as mãos amarradas por uma legislação que é feita para que as coisas não deem certo. Então, aí nós nos deparamos num momento pior ainda do que quando nós estávamos em atividade, que é essa Lei de Abuso de Autoridade, que está levando inúmeros juízes e promotores a tomarem decisões agora já em detrimento da prisão de pessoas culpadas, muitas violentos, muitas, enfim, que cometem crimes graves, simplesmente porque não querem sofrer acusação de crime”, disse.
Durante o discurso no Senado, sobrou também para o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que na semana passada admitiu ter criado um plano para matar o ministro do STF, Gilmar Mendes. “Não posso deixar de registrar aqui também o meu apelo para que a Suprema Corte ouça as vozes do povo, da Constituição, ouça a voz do povo, a voz do Ministério Público, a voz deste Brasil, que precisa mudar e se renovar, porque não é possível que você vá às redes sociais, depois de uma notícia dessas e veja a maioria das pessoas dizendo: "Ô, Janot, por que você não terminou de fazer o serviço"? "Ô, Janot, você deveria ter feito" — alertou.
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