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Do campo à cidade: a força molda o nosso cotidiano urbano
04 de Setembro de 2025 as 07h 58min

Imagine um ciclo que começa lá na fazenda e, sem que você perceba, termina bem na porta da sua casa. Essa é a poderosa conexão entre o agronegócio e a vida das nossas cidades. Desde os primeiros passos do Brasil, o campo tem sido um gigante que impulsiona o urbano. E não pense que é "só" a comida na sua mesa. Longe disso! É um verdadeiro efeito dominó que movimenta tudo: do comércio ao ritmo dos serviços, da expansão da construção civil ao aquecimento do mercado imobiliário.
Quando o agro se fortalece, as cidades sentem o impacto em áreas tão vitais como a saúde, a qualidade da educação, a geração de empregos e as condições de moradia. Em Mato Grosso, essa "ponte" entre o campo e o asfalto ganhou uma dimensão espetacular, com método e escala impressionantes. O estado se tornou uma referência global em agro sustentável, e dali, está desenhando um novo modelo de urbanização que orquestra, de forma harmoniosa, a produção que alimenta o mundo, a preservação do meio ambiente e uma inclusão social que se faz sentir no dia a dia.
RAÍZES PROFUNDAS
Se formos buscar as raízes da nossa vida urbana, vamos encontrar lá na zona rural. É curioso, mas a história de cada cidade brasileira começou, de certa forma, no campo. A colonização portuguesa, por exemplo, organizou nosso vasto território em torno da extração de madeira, da cana-de-açúcar e da criação de gado. E tinha uma regra clara: as terras concedidas pela Coroa precisavam ter uma “função social” – ou seja, era para produzir, povoar e integrar. Imagine só: ao redor dos engenhos, das grandes fazendas e das estradas por onde a produção era escoada, começaram a surgir vilas, pequenos comércios, ofícios e, aos poucos, cidades. É como se o ritmo da roça e a lógica do campo ditassem o “traçado” inicial de onde moramos hoje.
Em Mato Grosso, essa história se repetiu, mas com uma energia renovada e um toque de modernidade. A ideia de “criar um novo Brasil” bem no coração do país veio com um impulso gigantesco ao agronegócio. E o que a gente vê hoje, o sucesso estrondoso, não foi por acaso. Foi o resultado de muito planejamento, trabalho incansável, persistência de quem não desiste e um investimento pesado em tecnologia. O cenário atual? Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do planeta, com destaque absoluto para a soja e o milho. Mais que isso, se tornou um exemplo global de como produzir muito e, ao mesmo tempo, ser sustentável.
SUSTENTABILIDADE 2.0
Lembra quando sustentabilidade era quase sinônimo de “deixar intocado”? Esse conceito evoluiu muito. Hoje, ele vai muito além da simples preservação da natureza. Ganhou novas camadas, mais complexas e completas, que abraçam as dimensões sociais e econômicas. A sustentabilidade que realmente funciona acontece quando a gente gerencia os recursos naturais de um jeito que consegue proteger biomas, como Amazônia, Cerrado e Pantanal; gerar renda, abrir novas portas de emprego e impulsionar a inovação, mostrando que é possível crescer economicamente de forma consciente; e melhorar de verdade as condições de vida nas nossas cidades, tornando o dia a dia das pessoas mais digno e com realização.
Em outras palavras, "só" preservar não resolve tudo. O grande segredo é preservar gerenciando, encontrando um ponto de equilíbrio entre a economia que faz o país girar e a humanidade que somos. É essa dança entre prosperidade e gente que torna a sustentabilidade viável, que faz ela durar e ser justa para todo mundo. Nessa difícil missão, o agronegócio no Mato Grosso se destaca, e ensina ao mundo o que é ser sustentável de verdade.
“O agro que nós praticamos aqui é pautado em tecnologia, inovação e responsabilidade. Quando falamos em sustentabilidade, não é apenas preservar o meio ambiente, mas produzir de forma eficiente, com respeito ao solo, à água e às pessoas. O produtor rural de hoje é um gestor: ele adota práticas modernas, cuida da fertilidade da terra, investe em recuperação de áreas degradadas e cumpre rigorosamente a legislação ambiental. Sustentabilidade para nós é produzir mais, melhor e de maneira consciente, garantindo alimento para a sociedade e desenvolvimento para a região”, explica o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo.
Então, não é só sobre ter florestas de pé, é sobre ter florestas de pé e pessoas vivendo bem, com oportunidades. É por isso que a sustentabilidade de verdade só aparece quando há uma gestão inteligente dos recursos naturais, combinando o melhor da economia com o melhor da humanidade. É desse campo, gerenciado com responsabilidade, que nasce a qualidade de vida da cidade – aquela que você sente na rua pavimentada do seu bairro e na qualidade do atendimento no posto de saúde.
MT EQUILIBRA PRODUÇÃO GIGANTE E PRESERVAÇÃO ROBUSTA
Quer ver como essa combinação de produção e sustentabilidade funciona na prática? Os números de Mato Grosso, retirados da última atualização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e confirmados por imagens de satélite, são impressionantes e falam por si só: o estado possui um território imenso, com 90,3 milhões de hectares. Desse total, o uso agropecuário ocupa cerca de 32% do estado.
Parece muito? Veja a divisão. Para as lavouras são apenas 10,39% do território (cerca de 9,3 milhões de hectares) dedicados às plantações, e é nessa área que se produz uma quantidade colossal de alimentos; para a pecuária, cerca de 21,5% (aproximadamente 19,4 milhões de hectares) são usados para a criação de gado.
E o grande saldo ambiental, a cereja do bolo, é que, mesmo com essa produção massiva, mais de 60% da vegetação nativa do estado permanece intacta e preservada. Essa equação — produzir em larga escala e, ao mesmo tempo, manter um nível altíssimo de florestas e vegetação original — é vista por especialistas e avaliações internacionais como uma prova viva.
“O produtor rural é, na prática, o maior aliado da preservação ambiental. É ele quem mantém a reserva legal, as áreas de preservação permanente e grande parte das florestas em pé dentro das propriedades. A legislação brasileira é uma das mais rígidas do mundo, e quem vive no campo sabe da importância de respeitá-la. Mas mais do que obrigação legal, existe um compromisso moral: nós entendemos que sem floresta não há produção de qualidade e não há futuro. O produtor rural cuida da mata porque dela dependem o clima, a água e a própria vida no campo. Esse papel de guardião da floresta precisa ser cada vez mais reconhecido pela sociedade”, reitera Redivo.
Mostra que Mato Grosso não só cumpre, mas prospera sob uma das legislações ambientais mais exigentes do planeta: o nosso próprio Código Florestal brasileiro. É a união que parecia impossível: eficiência na produção e conservação ambiental caminhando lado a lado.
DA LAVOURA À METRÓPOLE
Aqui está o segredo: quando a safra cresce com responsabilidade lá no campo, a prosperidade se espalha e a cidade inteira prospera. A cadeia do agronegócio funciona como um verdadeiro motor, impulsionando a vida urbana de várias maneiras.
A economia urbana gira mais forte: pense em quantas oficinas são necessárias para manter as máquinas do campo, quantos restaurantes servem as equipes, o varejo que atende a todos, a logística que conecta o campo à cidade e a tecnologia que otimiza tudo. O agro cria uma demanda gigantesca que faz o comércio e os serviços locais florescerem;
Construção civil e imobiliário em ascensão: com o dinheiro circulando, há uma expansão planejada de condomínios residenciais e parques industriais. E o mais importante: são empreendimentos totalmente legalizados, que seguem à risca as normas federais e ambientais. Isso significa investimento seguro e crescimento organizado.
Sustentabilidade patrimonial para todos: um resultado concreto dessa prosperidade é que mais e mais famílias conseguem acesso à propriedade formal de seus imóveis. Isso traz uma segurança jurídica enorme e, claro, um aumento significativo no patrimônio das pessoas, injetando ainda mais confiança na economia.
Emprego e renda para a população: o agro sustentável tem um poder incrível: ele não apenas cuida do meio ambiente, mas também abre uma quantidade gigantesca de vagas formais em toda a sua cadeia produtiva. É emprego que nasce no campo e se espalha pelos centros urbanos, elevando a renda de cada pessoa e diminuindo as vulnerabilidades sociais.
Arrecadação recorde para políticas públicas, e isso é simples: mais atividade econômica significa mais impostos nas contas dos municípios e do estado. Esse "fôlego fiscal" é diretamente convertido em investimentos essenciais. Estamos falando de saúde de qualidade, infraestrutura moderna (estradas, saneamento), segurança pública e educação. Não é à toa que os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de muitas cidades mato-grossenses melhoraram de forma consistente nos últimos anos, acompanhando de perto o crescimento do agronegócio. É o dinheiro do campo se transformando em qualidade de vida na cidade!
FAZENDA VIROU SINÔNIMO DE SUSTENTABILIDADE
Não é só no Brasil que Mato Grosso se destaca. O desempenho do estado é aplaudido e frequentemente citado em grandes eventos e fóruns internacionais. O que chama a atenção do mundo? É uma combinação de fatores: o avanço tecnológico sem precedentes no campo, a capacidade de rastrear cada produto com precisão, a forma como intensificam a produção recuperando pastagens degradadas, e, claro, o cumprimento rigoroso de regras de preservação, como as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e a Reserva Legal.
Tudo isso fez de Mato Grosso um dos ecossistemas agro produtivos mais sustentáveis do planeta, operando sob leis ambientais que são consideradas as mais rígidas do mundo. E essa fama de "campeão da sustentabilidade" não fica só nas grandes conferências. Ela se traduz em iniciativas locais que você vê no dia a dia das cidades.
Pense nos programas "Lixo Zero", nas políticas de logística reversa (onde o descarte é pensado desde a origem), na coleta seletiva organizada e nas ações de bioeconomia que acontecem em polos como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. É a prova de que a produção e a sustentabilidade se encontram e fazem a diferença no cotidiano urbano.
QUANDO O AGRO DECOLA PARA O FUTURO
A sustentabilidade do agronegócio de Mato Grosso é tão impressionante que ela não para nas cercas das fazendas, vai muito além, e pousa até nas pistas dos aeroportos. Pense só: o avanço na produção de biocombustíveis – como o etanol de milho, o biodiesel e, principalmente, o SAF (combustível sustentável de aviação) – está colocando o estado no centro do mapa da aviação com baixo carbono.
Grandes nomes do setor aéreo, incluindo executivos da gigante Airbus, já apontam Mato Grosso como um parceiro estratégico para essa "aviação verde". Por quê? Por causa da sua escala agrícola gigantesca, pelo ganho contínuo de produtividade e pela capacidade incrível de fornecer matéria-prima renovável para essa nova fronteira.
Em maio, a Inpasa, maior produtora de etanol da América Latina, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA, credencial estratégica que habilita a companhia a fornecer matérias-primas para a produção do Sustainable Aviation Fuel (SAF).
O selo ISCC CORSIA (International Sustainability and Carbon Certification) é reconhecido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e atesta o cumprimento de exigências rigorosas de rastreabilidade, sustentabilidade e redução de emissões em toda a cadeia de produção.
"A certificação marca um novo patamar de credibilidade internacional. Estamos antecipando tendências, investindo em tecnologias e contribuindo com uma matriz energética mais limpa para o Brasil e para o mundo", afirmou à época o diretor de Sustentabilidade, Christopher Davies Junior.
O impacto prático disso impressiona porque ele é duplo: no meio ambiente, ajudando a cortar as emissões de gases poluentes em um dos setores mais difíceis de "descarbonizar", a aviação. É o campo dando uma mão para o ar que a gente respira; e na cidade, atraindo uma onda de novos investimentos industriais para as cidades médias do interior, impulsionar a qualificação de mão de obra local para novas funções e criar uma série de novos serviços. Isso tudo serve para diversificar a economia local, trazendo mais prosperidade para todos.
DIREITOS CONSTITUCIONAIS
A nossa Constituição Federal de 1988 é clara: ela garante a cada um de nós direitos essenciais como a vida, a propriedade, e aqueles direitos sociais básicos — educação, saúde, trabalho e moradia. Em Mato Grosso, o agronegócio sustentável não é só um produtor de alimentos; ele se tornou um verdadeiro motor e garantidor desses princípios fundamentais. Como?
Financiando o essencial: sabe aquela robusta arrecadação de impostos que o agro gera? Ela é a base para financiar e fortalecer os sistemas de saúde e educação que servem a todos nós;
Dignidade pelo trabalho: o setor é uma fábrica de trabalho formal e renda, o que não só fortalece a dignidade de cada pessoa, mas também aquece o comércio e o consumo local, criando um ciclo virtuoso de prosperidade;
Moradia para mais gente: o impulso do agro também chega ao mercado imobiliário. Com empreendimentos legalizados, ele impulsiona a construção de moradias e a regularização fundiária urbana, fazendo com que mais e mais pessoas tenham acesso à propriedade;
Infraestrutura que faz a diferença: pense nas estradas, no saneamento, na segurança. Toda essa infraestrutura essencial é sustentada, em grande parte, pela dinâmica do agro. E é essa infraestrutura que dá sentido prático aos nossos direitos, especialmente à vida e à saúde.
É impressionante como, ao olhar para o caminho percorrido pelos municípios de Mato Grosso, se pode ver uma relação direta e clara: quanto mais dinâmico o agronegócio, mais os indicadores urbanos e sociais melhoram. Em uma frase: quando o agro é sustentável, ele melhora a vida na cidade, ponto final.
INOVAÇÃO, GESTÃO TRANSPARENTE E RESULTADOS BRILHANTES
O sucesso de Mato Grosso não é mistério. Ele se apoia em mecanismos que funcionam como uma engrenagem perfeita de inovação que multiplica a produção, a palavra de ordem é "intensificação sustentável". Isso significa usar os insumos de forma mais inteligente, manejar o solo e a água com alta tecnologia, e integrar lavoura, pecuária e floresta. O efeito? A produção aumenta sem precisar abrir novas áreas.
É esse conjunto de fatores que explica a "mágica" de Mato Grosso: como o estado consegue ser o líder na produção de grãos, preservar mais de 60% da sua vegetação nativa e, ao mesmo tempo, impulsionar um desenvolvimento urbano e social que transforma a vida das pessoas.
TRAÇANDO UM FUTURO BRILHANTE DA CIDADE
Os dados são inegáveis, não dá para discutir: desde que o Brasil começou a existir, o agronegócio tem sido o grande escultor do nosso ambiente urbano. E em Mato Grosso, essa relação atinge um nível exemplar. Quando o campo pratica a sustentabilidade de verdade, a cidade inteira floresce.
E isso se reflete em escolas melhores, hospitais mais bem equipados, na criação de mais empregos, em moradias que saem da informalidade, em ruas bem pavimentadas e em um meio ambiente visivelmente preservado. É ali, na zona rural, que se define o "molde" que a cidade vai ter.
E é justamente através de uma gestão eficiente dos recursos naturais, combinada com uma pujança econômica que impressiona e uma inclusão social genuína, que Mato Grosso consegue concretizar resultados únicos: transformar a produção agrícola em cidadania. O agronegócio, nesse cenário, se firma como o maior motor de sustentabilidade e de concretização de direitos constitucionais.
SOBRE A AUTORA
DR.ª FABIANA LOPES GONZALEZ É ADVOGADA ESPECIALISTA EM LOTEAMENTOS E INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. COM EXPERIÊNCIA TOTAL DE 17 ANOS, ATUA HÁ 13 EXCLUSIVAMENTE NESSE SETOR, SOMANDO MAIS DE R$ 3,5 BILHÕES EM VGV (VALOR GERAL DE VENDAS) E R$ 3,5 MILHÕES DE ECONOMIA EM CARTÓRIOS PARA OS CLIENTES SOMENTE EM 2024. TAMBÉM É PALESTRANTE E PROFESSORA
Fonte: FABIANA LOPES GONZALEZ
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