Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Sábado, 14 de Junho de 2025

Noticias

Dois hospitais oferecem serviço de aborto legal

Procedimento é assegurado em caso de estupro, risco de vida à gestante e anencefalia fetal

31 de Julho de 2019 as 00h 00min

DA REPORTAGEM

Gazeta Digital

 

"É o que? Aqui a gente não faz esse procedimento não, tenho certeza", afirmou a recepcionista do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Barra do Garças, ao ser questionada, por telefone, sobre a realização do aborto legal.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a unidade de saúde é uma das três instituições que fazem a interrupção da gestação em Mato Grosso. Apesar do procedimento ser assegurado em caso de estupro, risco de vida à gestante e anencefalia fetal, o aborto, mesmo legal, é tratado como tabu.

Falta de informação e medo transparecem nas vozes das atendentes, como se estivessem sendo condenadas pela autoria de um crime. "Essa informação eu não posso te passar", ou "Oferece o quê? Preciso dar uma olhada aqui", responderam as profissionais de diferentes hospitais.

A pesquisa feita por telefone contraria os dados da Secretaria. Da lista repassada pela SES, apenas o Hospital Universitário Julio Müller, em Cuiabá, e a Santa Casa de Rondonópolis afirmaram estarem preparados para realizar o aborto legal.

Para isso, conforme descreve a legislação, não é preciso apresentar um boletim de ocorrência ou decisão judicial. Na teoria, em casos de estupro, apenas a palavra da vítima e a avaliação do médico são suficientes. Em casos de anencefalia ou risco de vida à gestante, é preciso de um laudo de dois médicos especialistas que assegurem as condições.

"A mulher passa pela portaria para fazer o aborto, passa pela acolhida da assistência social, abre o protocolo médico e aí o médico decide se vai fazer ou não. A médica marca um ultrassom e em mais ou menos uma semana marca para conversar com a comissão para ver se vai autorizar o procedimento", explicou uma funcionária do Julio Müller.

Na Santa Casa de Rondonópolis a avaliação é similar. Mesmo tendo o laudo de outros médicos, a mulher também precisa passar por uma triagem e crivo do profissional da unidade. Apesar disso, o médico pode se recusar a realizar o procedimento, conforme estabelece o Código de Ética de Medicina, em casos que não coloquem em risco a saúde da mulher e em que haja outro profissional para realizar o aborto.

Em municípios em que não existem unidades de saúde habilitadas para o serviço, pacientes devem ser encaminhadas ao serviço de referência recomendado.

Veja Mais

Copa de Clubes terá jogadores de 22 países que nunca foram ao Mundial de seleções

Publicado em 14 de Junho de 2025 ás 09h 14min


Nova Rota inicia plano de ação de prevenção e combate às queimadas

Publicado em 14 de Junho de 2025 ás 07h 13min


Trecho da BR-163 é desviado para construção de viadutos em Sinop

Publicado em 14 de Junho de 2025 ás 05h 12min


Jornal Online

Edição nº1566 - 1306/2025