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EDUCAÇÃO: Tecnologia ligada ao agronegócio e criação de aplicativos dominam Feira do Conhecimento
Foram destaques também o reaproveitamento de alimentos, conservação do meio ambiente, saúde e energias renováveis.
26 de Setembro de 2019 as 09h 00min

Assessoria
Em sua 11ª Feira do Conhecimento, a Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller, de Cuiabá, mostrou que desenvolvimento de aplicativos para celulares – alguns já na loja de apps - e tecnologia ligada ao agronegócio, foram projetos de destaque, ao lado do reaproveitamento de alimentos, conservação do meio ambiente, saúde e energias renováveis.
Foram 42 trabalhos apresentados – um por turma – pelos 1.510 estudantes do ensino médio de uma das mais tradicionais escolas estaduais da Capital. A feira ocorreu nas dependências da escola, na última sexta-feira (20.09) e teve participação ativa da comunidade escolar, com milhares de pessoas visitando os estandes.
Segundo o coordenador-geral do evento, Francisco de Assis Ferreira dos Santos, os trabalhos foram desenvolvidos com um novo olhar para Mato Grosso, uma vez que é o agronegócio que sustenta a economia local.
Para a realização da feira, a escola obteve parceria com instituições voltadas para o agronegócio, não só para desmistificar várias questões ligadas ao setor produtivo, como a preservação do meio ambiente, como principalmente para garantir aos jovens, o conhecimento voltado para a área.
“Tivemos vários trabalhos desenvolvidos para o agronegócio com novas tecnologias que serão utilizadas em breve. E para isso precisamos de pessoas interessadas e capacitadas no setor. Nossos alunos estão, certamente nessa lista. E esse foi um de nossos focos da feira”, destaca.
Drone
Entre os trabalhos apresentados, está o “Drone para Reflorestamento”, que utiliza um veículo aéreo não tripulado de 2mx2m. “É a tecnologia mais avançada em se tratando de reflorestamento. O nosso protótipo possui várias etapas de processamento. O drone faz um estudo da área, mapeia o solo e realiza o plantio cujas sementes são armazenadas em cápsulas biodegradáveis. Além disso, possui uma câmera que capta a área que será feito o reflorestamento”, destaca o estudante Jorge Gabriel, um dos idealizadores do projeto.
O aluno explica que precisou de muito estudo para chegar ao trabalho final, pois teve que analisar muitos trabalhos e alguns, poucos divulgados. A partir daí, elaborou os estudos. “Olha é uma sensação muito boa, indescritível chegar a esse resultado. Sabemos que a utilização em Mato Grosso é imensa”, comemora.
Silvipastoril
Outro trabalho voltado para o agronegócio é o “sistema silvopastoril”, que utiliza o plantio de eucaliptos na arborização de locais úmidos, como o pantanal. O foco é a compensação do gás carbônico e o gás metano produzido pelos bovinos e soltos na atmosfera. O plantio de eucalipto vai compensar os efeitos desses gases.
“Buscamos o eucalipto porque é uma árvore que tem desenvolvimento acelerado e uma ampla utilização na produção de cosméticos, papel, carvão e desinfetante”, explica o estudante Peterson Silva.
Aplicativos
Cinco trabalhos apresentaram o desenvolvimento de aplicativos de celulares. Alguns já estão prontos e podem ser encontrados nas lojas de aplicativos e outros ainda em fase de teste. Os aplicativos foram utilizados inicialmente em notebooks, deixando não só os alunos animados, como também os visitantes.
Um deles é da própria escola – “app de auxilio”, que uma das turmas criou para facilitar o dia a dia. Ao baixar o aplicativo, o aluno tem à disposição, o horário de aula, as salas (eles trocam de sala e não os professores) e, por isso, não precisam correr até o mural e checar as salas. Os professores podem postar conteúdo, horário de prova. A coordenação posta informações sobre eventos.
“O que era para ser somente para uma turma, foi extensivo para toda a escola. Estamos prevendo baixar livros ou páginas de livros no aplicativo. O aluno não leva livro para a escola, mas leva o celular”, destaca o aluno Diogo Ribeiro, um dos desenvolvedores. O app pode ser baixado por outras escolas.
Para os alunos surdos, uma turma criou o “pacote de gifs em libras”. Os autores do projeto explicam que pensaram em dois colegas surdos, que tem dificuldades em se comunicar porque poucas pessoas dominam a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os gifs (Graphics Interchange Format ou formato de intercâmbio de gráficos) é um formato de imagem muito usado na Internet, estão disponíveis num site criado pelos alunos. A próxima etapa será desenvolver um aplicativo para celulares.
O projeto “sensoriamento remoto de enchente” é um aplicativo que previne, em tempo real, a quantidade de chuva prevista e também a baixa umidade relativa do ar. “As chuvas, mesmo em volume médio, podem causar elevação do nível da água, inundar residências e causar doenças. Isso por causa da falta de manutenção dos bueiros. Daí, a ideia de desenvolver o projeto que é de baixo custo. Com uso do GPS, é possível fazer esse trabalho de monitoramento em áreas distantes”, comemora o professor de Física, Helton Alves.
Outro aplicativo de destaque é a “Casa do Presente”, voltado para quem tem deficiência física. Através do celular, a pessoa envia todos os comandos conectados na casa. São comandos simples como abrir janelas, apagar luzes pela casa. A aluna Tamires da Silva explica que a ideia surgiu para facilitar a vida das pessoas e, para isso, a turma pensou em tecnologia.
“Pensamos em aprimorar as coisas já existentes. Por isso, surgiu o foco em otimizar a casa. O aplicativo é simples e qualquer pessoa, qualquer idoso pode utilizá-lo”, assegura.
Reaproveitamento alimentar
Dos 42 trabalhos, nove tiveram como temática o reaproveitamento alimentar. Entre eles, o “Mais comida para quem precisa”. É um projeto que visa procurar soluções baratas e saudáveis, utilizando restos de alimento quer seriam descartados. “Fizemos um bolo de cascas de banana que é econômico, saudável evitando o desperdício”, exemplifica o aluno Vinícius de Castro.
Despoluição
A temática meio ambiente teve nove trabalhos apresentados na feira. Um deles, o Projeto Balsa Mecanizada, usado para despoluir rios e lagos, utiliza uma embarcação com uma esteira cujo lixo cai num recipiente e, as partes reaproveitadas serão usadas para gerar energia termelétrica para a própria balsa. O restante do lixo será armazenado em local sem prejuízo para a fauna e flora.
Ansiedade
As doenças modernas não foram esquecidas. Um dos trabalhos “ansiedade de depressão”, trabalha as terapias como prevenção a essas doenças. No local, os alunos levaram musicoterapia, aromaterapia, ervas medicinais e cromoterapia – uso das cores. A aluna Maria Laura foi uma das que fazia a cromoterapia e saiu satisfeita.
“Gostei muito. Já tinha visto, pois pesquisei sobre ansiedade e já tinham me recomendado”, analisa.
“A importância desse trabalho é destacar a vida. E vida é prioridade”, assinala a aluna Amanda Evelyn, uma das organizadoras do trabalho.
Energia sustentável
Três trabalhos ligados à produção de energia alternativa tiveram destaque. Entre eles, a “usina termelétrica sustentável”, que utiliza lixo orgânico e dejetos que servem de combustível para deixar o fogo acesso. A caldeira, por sua vez, transforma a água em vapor que gira uma turbina.
“Nessa turbina, será conectado um transformador que armazena energia. É uma forma diferenciada que tem mais produtividade. Na forma tradicional, o transformador é ligado a uma corrente e a perda de energia é de cerca de 50%”, define a aluna Camila Laura.
A diretora do Liceu, Solange Bernardes Veggi adianta que os três melhores trabalhos do total de projetos apresentados na escola, três serão selecionados para a XI Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Mecti), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), em parceria com o Instituto Farmun. O evento ocorre de 22 a 25 de outubro.
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