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Quinta Feira, 19 de Setembro de 2024

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Eficiência e alta produtividade: armas contra as oscilações do clima

05 de Setembro de 2024 as 11h 48min

Não há como interferir nas mudanças da natureza, mas há possibilidades de reduzir impactos – Foto: Divulgação

As constantes oscilações climáticas têm mudado os hábitos de muitos produtores no campo e ficar atento aos mapas meteorológicos já faz parte da rotina diária de diversas fazendas.

Se por muitas vezes o clima atua a favor, em outras oportunidades pode ser vilão, e como ainda não é possível ter o controle destes fatores, a solução é fazer a lição de casa bem-feita e garantir que da porteira para dentro seja realizado um bom trabalho para minimizar os eventuais impactos climáticos e mercadológicos.

Assim tem feito alguns produtores que se destacam em suas regiões ao atingirem altos níveis de produtividades em cenários mais variados. No cultivo de milho, por exemplo, atualmente a média Brasil é de 95 sacas por hectares, segundo a Conab, contudo agricultores como Cristian Marques Dalbenb, de Nova Ubiratã, mais que duplicaram esse valor.

Ele que foi destaque do Concurso de Produtividade no Milho, realizado durante o Fórum Getap Inverno edição de 2022, alcançou a expressiva marca de 247,88 sc/ha (sequeiro). Em 2023 também na edição de Inverno, na categoria milho sequeiro, Adalberto Ceretta, de Campos de Júlio colheu 237,6 sacas por hectare.

Os produtores mato-grossense não são as únicas exceções. Ainda em 2023, já na edição de Milho Verão do Getap, por exemplo, o agricultor Tiago Libretollo Rubert, do Rio Grande do Sul, obteve a colheita de 330,4 sc/ha (milho irrigado), seguido por Diego Fachini Mazzur, de Lapa/PR, que colheu 303,37 sc/ha (sequeiro).

Mais recentemente, em 2024, durante o concurso Verão do Getap, Ronei Gaviraghi, de Mangueirinha/PR, alcançou a marca de 270 sc/ha (sequeiro) e Cláudio Castro Cunha, de Perdizes/MG, que colheu 258,2 sc/ha (irrigado). O que todos estes produtores têm em comum para alcançar patamares tão elevados de produtividade? A eficiência da porteira para dentro.

De acordo com o Coordenador Técnico do Getap, Gustavo Capanema, todos estes agricultores fazem bem a lição de casa. “Mesmo em anos desafiadores de condições de clima desfavoráveis, o bom manejo realizado gerou resultados positivos minimizando esses impactos climáticos. Vale a velha máxima que o produtor prevenido produz mais e perde menos”, destaca.

PONTOS DE
ATENÇÃO

O clima não está no controle da classe produtora, entretanto o uso de ferramentas, tecnologias e bom manejo das lavouras, certamente irão ajudar a ter o mínimo de perdas em eventuais condições adversas de tempo ou temperatura. De acordo com Capanema, o primeiro ponto a se atentar é o planejamento.

Esse planejamento inicia-se antes da safra, com a compra antecipada dos insumos, passando ainda pela revisão e manutenção das máquinas e equipamentos. O cuidado com o solo é fundamental, verificar as condições químicas, físicas e biológicas, vai nortear possíveis correções necessárias com a adubação.

“Juntamente a esse manejo, a utilização de palhada e quando possível a rotação de culturas, certamente irão ajudar a melhorar as condições do solo para o desenvolvimento das lavouras”, destacou.

Ainda segundo o especialista, no decorrer da safra os cuidados devem seguir com as aplicações preventivas dos defensivos contra pragas e doenças. “Ter esse plano de ação alinhado com todos os colaboradores da propriedade ajudará na execução das operações desejadas, reduzindo a chance de eventuais problemas”, destacou.

Juntamente a todas essas tarefas de manejo, o produtor não deve se descuidar do financeiro, ou seja, ter um fluxo de caixa saudável para poder ter melhor poder de negociação. “Sempre reforçamos a importância do agricultor se atentar às suas margens e não somente se prender a questão de preço dos grãos. Isso porque os valores de comercialização estão atrelados a uma série de fatores, como oferta e demanda que pode muitas vezes travar os preços”, detalhou Capanema.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

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