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Entenda por que o Inter demitiu Eduardo Coudet
12 de Julho de 2024 as 08h 04min
Eduardo Coudet, ex-técnico do Inter — Foto: Ricardo Duarte/InternacionalO clima para Eduardo Coudet se tornou insustentável no Inter depois de um desempenho constrangedor na derrota para o Juventude pela Copa do Brasil. Mas não só por isso.
A série negativa, a perda de confiança de parte do vestiário e a postura apática do treinador ajudam a explicar a decisão tomada pelo clube.
A decisão foi unânime. O presidente Alessandro Barcellos e o departamento de futebol não titubearam e deliberaram pela troca da comissão técnica minutos depois do Inter largar em desvantagem na terceira fase do torneio nacional diante de 20 mil pessoas no Beira-Rio.
O debate sobre a possibilidade de saída do argentino já acontecia nos bastidores desde a derrota para o Vasco no último domingo. A decisão pela demissão no comando técnico não surpreendeu os jogadores no vestiário. Os atletas já tinham a informação de que Chacho corria riscos.
Há fatores consistentes que explicam a mudança em meio à sequência de jogos decisivos por competições eliminatórias - Copa do Brasil e Sul-Americana. Os maus resultados são a ponta do iceberg. Muitos já não compravam mais a filosofia de trabalho do comandante.
“Talvez uma mudança ajude organizar o contexto e o momento que os jogadores estão fisicamente e tecnicamente. A temporada mudou e fez com que mudássemos também. Era necessário. Não era o que queríamos, mas precisava ser feito”, explica Barcellos.
A gota d'água foi a soma da atuação e do impacto de um novo revés em pleno Beira-Rio. O time escapou de ser goleado, não fosse Anthoni pegar um pênalti e realizar outras defesas. A postura irritou a torcida e gerou um ambiente inóspito, com vaias e xingamentos direcionados a Coudet.
Curiosamente, a última vitória de Chacho foi no Gre-Nal, quando deu a impressão que levaria o Inter às cabeças. Ledo engano. Emplacou cinco jogos sem ganhar, com dois empates e três derrotas no período.
As dificuldades pós-enchentes e o calendário apertado impediram que a equipe apresentasse intensidade em campo, uma das marcas de Coudet. O trabalho se perdeu, e o time sucumbiu. Repetiu o futebol pouco criativo, burocrático e desorganizado de outros momentos da temporada.
“É nítido que perdemos capacidade de finalização. Tínhamos muitas e poucas conversões. Agora, temos poucas finalizações e conversões. É um retrocesso. Chega a hora que você precisa tomar a decisão”, comentou Barcellos.
Parte do grupo de jogadores já não comprava mais as ideias do treinador. Barcellos revelou ter dialogado com os atletas nos últimos dias para entender o cenário e embasar a decisão. Coudet, gradativamente, perdeu a mão no vestiário.
A apatia apresentada pelo comandante nas últimas entrevistas também foi um fator levado em consideração. Os discursos derrotistas e pessimistas contaminaram o ambiente O comportamento tímido na beira do campo contra o Juventude é um reflexo do que ocorria internamente. “Você tem de ouvir o grupo, conversar com os jogadores, tomar a decisão. Ela começou a amadurecer há poucos dias. Foi uma decisão do clube que o treinador compreendeu”, acrescentou Barcellos.
A direção terá uma série de reuniões para definir os alvos. Barcellos evitou falar em nomes e detalhar um perfil. Mas deu pistas. A intenção é buscar um profissional que esteja à altura do grupo de jogadores.
O grupo colorado voltou aos treinos à tarde, no CT de Alvorada, com portões fechados. A atividade será comandada por Pablo Fernandez, treinador do sub-20. O time volta a campo no sábado à tarde e terá a missão de reverter a vantagem do Juventude no Alfredo Jaconi.
Fonte: DA REPORTAGEM
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