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ESTUDO DIZ: Patinetes elétricos poluem mais do que andar de carro e moto

Foram calculadas emissões de CO2 utilizadas para fabricar, enviar, carregar e transportar esses veículos

30 de Agosto de 2019 as 09h 00min

Um homem recolhe patinetes jogados na água em Marselha – Foto: Divulgação

 

DA REPORTAGEM

 

São menores do que uma bicicleta, a maioria pode ser dobrada e consomem pouca energia. Os patinetes elétricos parecem ser a alternativa perfeita para se conseguir uma mobilidade sustentável nas cidades. Entretanto, um estudo recente, elaborado pela Universidade da Carolina do Norte e publicado pela revista Environmental Research Letters, alerta que esses veículos de mobilidade pessoal (VMP) podem produzir um grande impacto no meio ambiente.

Utilizando como objeto de estudo as empresas de aluguel de patinetes elétricos Lime e Bird em Raleigh, capital da Carolina do Norte, os pesquisadores descobriram que a vida dos VMP era muito inferior à designada pelos fabricantes: dois anos. Seu uso malfeito e o vandalismo fazem com que os patinetes não durem mais de dois meses nas ruas. O que isso significa? A fabricação de mais unidades. E é aqui onde aparecem os problemas ambientais.

No caso dessas duas empresas – que também operam na Espanha e no Brasil, no caso da Lime –, os patinetes elétricos são fabricados na China e transportados aos Estados Unidos em diferentes meios de transporte poluentes como avião, barco e caminhão, como revela o estudo. Além disso, fabricar novas unidades significa a extração de mais matérias-primas como o alumínio, do qual são feitos.

Mas o impacto ambiental desses pequenos veículos de aluguel não termina aí. O estudo também explora o processo de recarga dos patinetes elétricos realizado por trabalhadores terceirizados – conhecidos como juicers e chargers – com seus próprios veículos, dirigindo pela cidade todas as noites para recolher os patinetes, levá-los para sua casa, carregá-los e distribui-los novamente pelas ruas para seu uso na manhã seguinte.

Os pesquisadores calcularam as emissões de CO2 utilizadas para fabricar, enviar, carregar e transportar – dentro da cidade – esses VMP, comparando o resultado total em milhas por pessoa com as emissões de outros meios de transporte. Qual foi o resultado? Os patinetes elétricos poluem mais do que um ônibus público com passageiros a bordo, um ciclomotor elétrico, uma bicicleta elétrica e uma bicicleta normal.

Através de um comunicado de imprensa, a empresa Lime respondeu ao estudo: “Agradecemos a pesquisa sobre os benefícios ambientais das novas opções de mobilidade; esse estudo, entretanto, se baseia em grande medida em suposições e dados incompletos que produzem uma grande variabilidade nos resultados. Acreditamos que a micromobilidade reduzirá a poluição e mitigará a mudança climática”.

Ainda não foi feito um estudo parecido na Espanha nem no Brasil, onde esse meio de transporte se tornou febre nos últimos meses, mas pela analogia de uso dos patinetes elétricos de aluguel, para Adrián Fernández, coordenador de mobilidade do Greenpeace Espanha, “as conclusões são perfeitamente aplicáveis a nosso país”.

“O ciclo de vida é o mesmo, de modo que o impacto ambiental é o mesmo, as próprias empresas citadas no estudo operam em cidades como Madri e Barcelona”, diz a Verne pelo telefone. Somente na capital espanhola, operam atualmente 19 empresas de aluguel de patinete elétrico com um total de 8.236 patinetes distribuídos pelos diferentes bairros da cidade.

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