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Férias: aproveite para introduzir alimentos na dieta das crianças
16 de Julho de 2025 as 19h 23min

Com a férias escolares, muitas famílias encontram mais tempo livre para estarem juntas e reorganizar hábitos em casa. O período pode ser ideal para lidar com a “seletividade alimentar”, popularmente conhecida como “paladar infantil”, além de fortalecer vínculos, promover autonomia e desenvolver um olhar mais positivo sobre o ato de se alimentar.
O comportamento, comum na infância, se não for bem orientado, pode trazer consequências à saúde. Introduzir novos sabores e alimentos com empatia, ludicidade e paciência pode ajudar a prevenir distúrbios alimentares no futuro e formar adultos com uma relação mais equilibrada com a comida.
O Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE), conhecido internacionalmente como ARFID (Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder), é caracterizado pela recusa persistente e seletiva de alimentos com base em aspectos sensoriais, como sabor, textura, cor, cheiro ou forma de apresentação.
Embora uma certa seletividade alimentar seja considerada normal em algumas fases do desenvolvimento infantil, o TARE se distingue por ser duradouro, causar prejuízos nutricionais e interferir diretamente no crescimento, no estado de saúde geral e na convivência social da criança.
O transtorno não está relacionado à preocupação com peso corporal ou imagem, como ocorre em outros distúrbios alimentares. No entanto, a alimentação extremamente limitada pode levar a deficiências nutricionais, anemia, perda ou baixo ganho de peso, além de provocar impacto emocional e comportamental, como ansiedade em torno das refeições ou isolamento social.
“Uma alimentação limitada compromete não apenas o desenvolvimento do paladar, mas também o consumo adequado de nutrientes essenciais”, alerta Karina Oliveira, nutricionista da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo. “É importante lembrar que o paladar se forma principalmente na infância, e o que não é estimulado nesse período pode gerar resistência alimentar na vida adulta”.
Além dos fatores sensoriais, questões emocionais também desempenham um papel importante. A fome emocional — quando a criança usa a comida como conforto ou válvula de escape — pode ser reflexo de uma má relação com os alimentos, muitas vezes iniciada por uma alimentação limitada ou rígida demais.
Segundo a psicóloga e educadora Ana Claudia Favano, gestora da Escola Internacional de Alphaville, hábitos alimentares disfuncionais, como o excesso de alimentos ultraprocessados ou a associação de comida a recompensas, plantam uma semente para compulsões ou neofobia alimentar na vida adulta. “Por isso, trabalhar o paladar desde cedo é uma forma de educação e um gesto de cuidado e saúde emocional. Cada nova comida aceita é uma conquista, e um passo em direção à autonomia alimentar”, diz.
A boa notícia é que, com paciência e estratégias adequadas, é possível expandir o repertório alimentar das crianças. As férias são um ótimo momento para isso, já que permitem mais tempo para envolvê-las nas atividades de cozinha, explorar receitas em família e experimentar novos ingredientes sem a pressão da rotina escolar.
“A dica é começar devagar e sem forçar: ofereça pequenas porções, varie a forma de preparo, o lugar da refeição e, principalmente, deixe a criança participar do processo”, orienta a nutricionista e coordenadora de projetos educacionais da Sanutrin, empresa de alimentação no Brazilian International School – BIS, Cynthia Howlett. “Quando a criança ajuda a montar o prato, lavar um legume ou escolher uma fruta na feira, cria uma relação mais amigável com o alimento”.
Outro truque é brincar com a apresentação visual, tornando os pratos mais coloridos, divertidos e atrativos. “Crianças são muito visuais. Um prato com carinhas feitas de vegetais, por exemplo, pode despertar a curiosidade e incentivar a degustação”, completa Cynthia. “Aproveite para fazer piqueniques, brincar de caça ao vegetal, fazer desse momento da refeição uma brincadeira gostosa. E claro, dê o exemplo”.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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