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F1: Brasil não tem titular há 5 anos
05 de Março de 2023 as 08h 17min

Entra ano, sai ano, e a pergunta que não sai da cabeça do brasileiro fã de Fórmula 1 é a mesma: E o Brasil? O campeonato que terá início no próximo 5 de março marca cinco anos sem um representante do país na categoria em tempo integral, desde Felipe Massa em 2017.
De lá pra cá, só Pietro Fittipaldi (neto do bicampeão Emerson Fittipaldi) disputou GPs no Sakhir e Abu Dhabi pela Haas em 2020, mas substituindo o titular Romain Grosjean. Ainda assim, é possível ter esperança em um futuro próximo.
A temporada 2023 da F1 terá oito pilotos do Brasil orbitando a principal categoria do automobilismo; dois deles estão no banco de reservas da categoria, sendo o campeão da Fórmula 2 Felipe Drugovich, e Pietro Fittipaldi, e três em academias de equipes: Rafael Câmara (Ferrari), Matheus Ferreira (Alpine) e Enzo Fittipaldi - irmão mais novo de Pietro e agora na RBR.
A F1 2023 começa neste domingo (5), com o GP do Bahrein. Esta será a maior temporada da história da categoria, com 23 corridas.
FELIPE DRUGOVICH
(RESERVA)
Primeiro brasileiro campeão da Fórmula 2, na temporada 2022, o paranaense ocupa hoje a função de piloto reserva da Aston Martin e foi convocado para a pré-temporada no lugar de Lance Stroll, acidentado após cair de bicicleta. Detendo a superlicença que lhe dá direito de guiar um carro da categoria, está a postos para substituir Fernando Alonso ou Stroll caso necessário.
A carreira na Europa começou em 2016 pela Fórmula 4 alemã, onde ele foi terceiro no campeonato em sua segunda temporada. Felipe ainda venceu MRF Challenge, na Índia, foi campeão da Fórmula 3 Open em 2018 e teve uma rápida passagem pela F3 no ano seguinte, anterior à estreia na Fórmula 2.
Antes de se tornar o primeiro brasileiro campeão da categoria, Drugovich estreou com o pé direito em 2020, pela MP Motorsport vencendo na primeira corrida do ano em Spielberg, na Áustria, e em mais duas provas. O 2021 foi mais difícil na primeira parceria com a UNI-Virtuosi e ele conquistou três pódios, superado pelo colega Guanyu Zhou.
Porém, o retorno à MP Motorsport em 2022 levaria o paranaense às alturas: ele fechou o ano com cinco vitórias, totalizando oito ao longo da carreira e superando as sete dos campeões Charles Leclerc e George Russell. Drugovich ainda conquistou seis pódios na última temporada.
PIETRO FITTIPALDI
(RESERVA)
Neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, Pietro também foi o último representante do Brasil no grid da F1 - disputando os GPs de Sakhir e Abu Dhabi em 2020 pela Haas. Na ocasião, foi 17º e 19º colocado, respectivamente. Neste ano, o piloto de 26 anos manterá sua função de reserva na equipe americana, dando suporte à dupla formada por Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg.
O jovem, 32º piloto brasileiro da F1, se tornou o quarto Fittipaldi a passar pela categoria, além de seu tio-avô Wilsinho e o primo de segundo grau Christian. Nascido nos Estados Unidos, foi campeão da NASCAR Late Model em 2011. Três anos depois, já na Europa, Pietro levaria o título da Fórmula Renault inglesa. Em 2017, ele foi campeão da Fórmula V8.
O 2018 de Pietro foi conturbado; inicialmente, o brasileiro projetava dividir-se entre a Fórmula Indy, o Mundial de Endurance (WEC) e a Super Fórmula japonesa, mas fraturou as duas pernas em um sério acidente na etapa da WEC em Spa-Francorchamps, na Bélgica, e encerrou seu ano.
Apesar do hiato das pistas, Fittipaldi assinou com a Haas e passou a testar pela equipe em 2019. No começo de 2020, fechou a temporada da Fórmula 3 asiática em quinto lugar, obteve sua superlicença - documento exigido para guiar na F1 - e recebeu uma promoção a piloto reserva na equipe americana.
ENZO FITTIPALDI
(ACADEMIA RBR/F2)
Irmão caçula de Pietro, Enzo conciliará o desafio em seu terceiro ano de Fórmula 2 pela nova equipe, Carlin, com o dever como membro da Academia de Pilotos da RBR. Foi a marca austríaca responsável por lançar na F1 nomes como o do tetracampeão Sebastian Vettel e o bicampeão Max Verstappen.
Enzo começou a trilhar seu caminho na Europa em 2020, quando foi 15º na Fórmula 3. No ano seguinte, teve uma breve passagem pela base da Fórmula Indy mas retornou ao Velho Continente, disputado a F3 e a F2; na primeira, terminou o ano em 17º.
A estreia do jovem de 21 anos na F2 pela Charouz foi apenas na metade final do campeonato, mas ele não participou da última etapa em Abu Dhabi após acidentar-se em Jeddah, na Arábia Saudita, e fraturar o calcanhar.
O 2022 do brasileiro, porém, foi muito melhor; em seu primeiro ano integral na categoria, conquistou seis pódios e fechou a temporada na oitava colocação. Na carreira em monopostos, Enzo foi campeão da Fórmula 4 italiana em 2018 e vice da Fórmula Regional Europeia de 2019.
Fonte: DA REPORTAGEM
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