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Fagundes critica pressão internacional e defende soberania ambiental do Brasil
08 de Julho de 2025 as 08h 12min

Às vésperas da COP 30, marcada para o ano que vem em Belém do Pará, o debate ambiental volta ao centro da política global. O senador Wellington Fagundes criticou o que considera uma cobrança incoerente e oportunista por parte dos países ricos. E fez um alerta importante: ou o mundo trata o Brasil com respeito, ou perde um parceiro essencial para a segurança alimentar.
À medida que se aproxima a COP 30, um dos eventos mais aguardados no calendário ambiental global, cresce também a preocupação de que o Brasil, mais uma vez, seja tratado como vilão – quando na verdade tem sido parte da solução. Foi com esse tom que o senador Wellington Fagundes (PL-MT) fez duras críticas às pressões internacionais por regras mais duras para a produção agropecuária brasileira.
E ele tem razão. O Brasil já possui uma das legislações ambientais mais rígidas do planeta. O Código Florestal, aprovado em 2012 após anos de debates e contribuições da sociedade civil, exige que o produtor preserve até 80% de sua propriedade em áreas como a Amazônia. Qual outro país exige isso? Nenhum. Ainda assim, na visão de Fagundes, o que chega da Europa e de outros centros econômicos é mais cobrança do que reconhecimento.
A crítica é direta: os países ricos destruíram seus biomas, derrubaram florestas, extraíram seus recursos até o limite. Agora, tentam impor um modelo de sustentabilidade que ignora as particularidades do Brasil e trava o desenvolvimento de quem precisa crescer para combater a pobreza. A COP 30 deveria ser uma oportunidade para corrigir distorções, não para repetir a velha hipocrisia climática que penaliza quem já cumpre sua parte.
Fagundes também questiona interesses comerciais camuflados de preocupação ambiental. A moratória da soja, por exemplo, foi vendida como um gesto pela Amazônia, mas, na prática, se transformou numa barreira para o crescimento agrícola. Enquanto isso, exigências de rastreabilidade e certificações complexas, impostas pela União Europeia, sufocam o pequeno e médio produtor.
O recado do senador é claro: o Brasil precisa ser respeitado como potência agrícola e ambiental. E esse respeito começa com o fim do paternalismo diplomático e o reconhecimento da nossa soberania sobre as políticas públicas.
Wellington também mirou o governo federal. Para ele, além da pressão externa, o produtor brasileiro enfrenta o peso da alta carga tributária e da instabilidade política. “Prometeram picanha e cervejinha, mas o que temos é mais imposto”, disse. É uma crítica que ecoa o sentimento de muitos: o Brasil que alimenta o mundo quer, no mínimo, dignidade e condições de continuar produzindo.
A COP 30 será realizada em solo brasileiro. E talvez por isso mesmo, o país não pode se curvar a pressões de fora. O mundo precisa entender: quem tem fome não pode esperar por burocracia verde. E quem garante segurança alimentar precisa de aliados, não de censores disfarçados de ambientalistas.
Fonte: DA REPORTAGEM
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