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FEBRE AFTOSA: Extinta carência de transporte de animais após vacinação em MT
Pecuaristas precisavam aguardar 15 dias para movimentar bezerros vacinados pela 1ª vez
11 de Novembro de 2020 as 10h 00min
Foto: DivulgaçãoDA REPORTAGEM
Começou no início do mês a campanha de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso. Nesta etapa, devem ser imunizados todos os bovinos e bubalinos com idade entre zero e 24 meses. A estimativa é de que ao todo, 14 milhões de animais sejam vacinados no estado, que tem o maior rebanho do país.
Os pecuaristas têm até o dia 30 de novembro para vacinar e devem comunicar ao Indea até o dia 10 de dezembro. Para a região do Pantanal, no entanto, o prazo é maior: até o dia 15 de dezembro tanto para imunizar os animais quanto para fazer a comunicação.
Analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o zootecnista Marcos de Carvalho, alerta que a partir desta etapa, não será mais preciso cumprir o período de carência após a vacinação para transportar os animais.
“Nas etapas anteriores, quando o produtor vacinava o bezerro pela primeira vez existia uma carência. Ele fazia a comunicação no Indea, mas mesmo assim não podia fazer o transporte deste animal por até 15 dias após a vacinação. Com a publicação da Instrução Normativa 48/2020, do Ministério da Agricultura, esse prazo deixou de existir. Hoje, o produtor que faz a vacinação no seu rebanho, pode transportar os animais imediatamente”, explica.
Outra novidade está relacionada ao saldo temporário. “Se o produtor tem animais que já estão prestes a serem abatidos, ele não precisa vaciná-los. Antes, esse prazo era de 60 dias. Ou seja, em até 60 dias o produtor tinha que fazer o abate destes animais. Com a ‘IN 48/2020’, o prazo para levar estes animais para o frigorífico passou a ser de 90 dias”, comenta.
O último caso de febre aftosa registrado em Mato Grosso foi há 24 anos. Os pecuaristas sabem de cor o que é preciso fazer para proteger o rebanho, mas nunca é demais lembrar os principais cuidados na hora de aplicar a vacina.
“É preciso manter a pistola higienizada; colocá-la no gelo antes de fazer a primeira carga para já deixá-la resfriada na hora que for abastecê-la para evitar riscos de choque térmicos com a vacina; desinfectar as agulhas; trabalhar com calma; conduzir os animais com manejo racional; etc”, explica o analista de pecuária da Famato.
Vale lembrar que este é um compromisso que o estado assumiu e é muito importante o produtor manter a vacinação da forma correta, dentro dos prazos e com muito capricho.
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