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Festival de Robótica traz vivência tecnológica para futuro da indústria
19 de Março de 2025 as 07h 22min

Mais do que a conquista de medalhas ou troféus, o Festival Nacional Sesi de Robótica, realizado de 12 a 15 de março, em Brasília, ofereceu aos alunos do Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Indústrial (Senai MT) uma experiência tecnológica única e transformadora.
O evento foi uma oportunidade para os estudantes vivenciarem na prática conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEAM), desenvolvendo habilidades essenciais para o futuro da indústria de Mato Grosso, que se torna cada vez mais tecnológica e inovadora, ampliando o leque de oportunidades de trabalho para jovens talentosos.
Entre veteranos e estreantes da competição nacional, os mais de 100 alunos das unidades escolares de Cuiabá e Várzea Grande saíram gigantes da disputa, com novas estratégias, programação diferenciada e um networking altamente qualificado com equipes e profissionais renomados na área.
“Foi uma experiência enriquecedora para nós. Independentemente do resultado, saímos com muito aprendizado e motivação, conhecendo equipes de todo o país e prontos para os próximos desafios”, diz Sofia Costa, 16 anos, da equipe Dumonters, que competiu na modalidade First Tech Challenge (FTC) com o robô semi-industrial Wall-E, de 13 kg e 30 cm de altura, desenvolvido pela equipe a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma série de programação.
O técnico da Dumonters, Carlos Juliani, comemora a experiência vivida por ele e seus alunos. "Esse momento é transformador para os estudantes. Estamos preparando eles para um futuro em que a inovação será a chave para o progresso. Ao estimular o interesse por áreas como robótica, automação e programação, o evento se torna um motor para o desenvolvimento de uma indúsrtria mais qualificada e competitiva", acrescenta Carlos.
A construção de robôs fortalece a capacidade de resolução de problemas, trabalho em equipe e pensamento crítico dos jovens, características bastante valorizadas no mercado de trabalho atual. Esse universo despertou em Alice Kallyta, 14 anos, da equipe Young Inventors, o desejo de cursar engenharia civil. “Quero continuar nessa área, trabalhando na solução de problemas e construção de novas tecnologias”, afirma.
De olho nesse mercado competitivo, a equipe Tucaré, única representante mato-grossense no festival na categoria F1 in Schools, tem know-how quando o assunto é empreendedorismo estudantil, pesquisa, projeto social, engenharia, finanças, design, construção de carros em miniatura e inovação.
A técnica da equipe, Mara Farias, está orgulhosa da trajetória da turma, indicada nas categorias Pit Display, Identidade Feminina e Carro Mais Veloz. “Cada treino, desafio superado e apresentação realizada demonstraram não apenas talento, mas também determinação, união e paixão pelo que fazem”, destaca Mara.
HARD E SOFT SKILLS
Para ter sucesso no mercado de trabalho, o técnico dos times de FLL Young Inventors e Young Creators, Robson Correia, destaca que é primordial desenvolver hard skills — competências técnicas — e soft skills — competências comportamentais.
Antes do evento nacional, as equipes tiveram que trabalhar intensamente essas habilidades, pois, em 2024, elas enfrentaram uma competição regional acirrada, conquistando a classificação com louvor para o Festival. Tudo isso graças à capacidade técnica e socioemocional dos integrantes. “São ensinamentos que se refletirão ao longo da vida, formando profissionais com características valiosas para o mercado de trabalho”, destaca Robson.
No aprendizado técnico, os estudantes aprendem conceitos de engenharia moderna, programação e design, explorando softwares como CAD, AutoCAD, Revit, SolidWorks e RDWorks. “No projeto de inovação, os times aplicam a metodologia científica para resolver problemas reais relacionados ao tema proposto. Eles realizam pesquisas quantitativas e qualitativas, utilizam a Matriz SWOT, Design Thinking e diversas metodologias de gestão para definir problemáticas sociais e humanas relevantes e, a partir disso, desenvolvem soluções práticas. Depois, entram novamente no processo de engenharia para construir suas ideias”, explica o técnico.
Na competição, tudo é avaliado detalhadamente pelos juízes de cada modalidade: os pits, as peças de LEGO, os equipamentos e os carros em miniatura passam por inspeção criteriosa. Além disso, os projetos são apresentados verbalmente pelos times em inglês diante dos juízes, em uma sala reservada. Os alunos se preparam por meses para essa etapa desafiadora.
Fonte: DA REPORTAGEM
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