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Formação de pastagem eficiente começa antes do plantio
07 de Setembro de 2023 as 13h 43min

O Brasil tem o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com 202,78 milhões de cabeças, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec, 2023), sendo que mais de 90% desses animais são criados a pasto. Dessa forma, a qualidade das pastagens tem importância estratégica para o agropecuarista e também para o país.
Qualidade, por sua vez, está ligada ao manejo correto dessas áreas, que podem ser, por exemplo, de reforma de pastagem, de renovação ou ainda de implementação de sistemas integrados. Independente do cenário, o principal objetivo do produtor é estabelecer um pasto produtivo, mas antes do plantio ser realizado existem etapas cruciais que vão contribuir com o seu sucesso.
O planejamento para se formar uma área de pasto começa no final do período chuvoso anterior, quando inicia o outono-inverno. É quando se define quais áreas serão reformadas e, a partir daí, realiza-se a análise de solo e correções de acordo com a espécie forrageira a ser implantada. “É o que vai dar o parâmetro dos cuidados que o produtor terá que tomar, para no final plantar as sementes”, explica Diogo Rodrigues da Silva, zootecnista, doutor em pastagens e coordenador técnico da Soesp – Sementes Oeste Paulista.
Com o resultado da análise química e física do solo, será possível conhecer a quantidade de nutrientes disponíveis e a composição do solo quanto ao teor de areia, argila e silte. “A referência de como está a fertilidade é importante também para a escolha de qual forrageira pode ser utilizada, pois são mais de 50 cultivares no mercado. O que muda entre elas é que algumas são mais exigentes em fertilidade, outras menos e outras com exigência mediana”, completa o especialista.
Com esses dados, o próximo passo será fazer as correções e adubações no período e na quantidade ideal, sendo indicado três tipos de correções. Primeiro a calagem, que é o fornecimento de calcário a fim de neutralizar a acidez do solo, caso o pH esteja baixo. Em seguida a gessagem para o melhor condicionamento da distribuição dos nutrientes no perfil do solo.
Por fim, a fosfatagem, que serve para aumentar os teores de fósforo, esse macronutriente é pouco disponível nos solos brasileiros. Ainda pode haver a necessidade de reposição de potássio, um nutriente responsável pela expansão celular e crescimento da planta, além do nitrogênio que será aplicado em cobertura quando tiver em torno de 60% do solo coberto.
O zootecnista ressalta que para as correções de calcário e gesso a recomendação é que sejam feitas entre 60 e 90 dias antes da data estimada de plantio - sendo que este período pode ser reduzido em função da disponibilidade de água, se ele estiver incorporado no solo e também do PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) do calcário, quanto maior esse valor, mais rápida é a reação no solo.
PREPARO
DO SOLO
Esta etapa pode envolver os trabalhos de aração, gradagem e de nivelamento do solo. “É necessário para que as sementes tenham uniformidade no plantio, seja a lanço, aéreo ou em linha, e que o solo esteja nivelado, sem torrões para que as sementes tenham o melhor contato possível com o solo. Isso vai impactar, inclusive, no tempo de formação dessa área”, destaca o zootecnista.
Outra questão importante levantada pelo profissional é a do controle de plantas daninhas, quando a área estiver em nível alto de degradação. “Se estiver tomada pelas invasoras, antes de gradagem, nivelamento, é necessário dessecar as daninhas, às vezes duas, ou até três dessecações, a depender da intensidade”, explica.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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