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Quinta Feira, 26 de Setembro de 2024

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Furgão do CineSolar estaciona na Aldeia Nasepotiti para a estreia de documentário

26 de Setembro de 2024 as 16h 01min

Evento estará nesta sexta em Guarantã, sábado em Peixoto e domingo em Sinop – Foto: Divulgação

O encanto do CineSolar, primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil, pôde ser vivenciado especialmente na Aldeia Nasepotiti (25), escolhida para a estreia do documentário “Kati Rapari Kin - Será que você está ouvindo? Eu quero que você escute”, que foi gravado no Território Indígena Panará, na Floresta Amazônica, no ano passado.

De lá, o projeto segue para 4 cidades que abrigaram aldeias Panarás até a abertura da estrada Cuiabá-Santarém: Matupá (26), Guarantã do Norte (27), Peixoto de Azevedo (28) e Sinop (29).

Na telona serão exibidos também curtas-metragens ambientais e os curtas produzidos pelos alunos nas oficinas de educação ambiental e linguagem audiovisual. A entrada é livre, não precisa de ingresso, os filmes contam com recursos de acessibilidade e tem distribuição de pipoca.

A 8ª edição do CineSolar é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com apoio da DGT Filmes e da Associação Indígena Iakiô Panará, e é realizada pela Brazucah Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Com direção de Sérgio Gag e produção de Darwin, o documentário “Kati Rapari Kin - Será que você está ouvindo? Eu quero que você escute” foi filmado em agosto do ano passado, no Território Indígena Panará, na Amazônia brasileira, que fica no sul do Pará. O filme traz como protagonista Akã, ancião da aldeia, que conta a história de seu povo, desde o traumático contato com o homem branco, que quase os dizimou, na década de 1970.

Na época, a construção da Rodovia Cuiabá-Santarém cortou as terras tradicionais do Povo Paraná e eles foram forçadamente transferidos para o Parque Indígena do Xingu (PIX). Na década de 1990, conseguiram reconquistar parte do território tradicional, onde o documentário foi gravado.

Os relatos de Akã e das mulheres indígenas Tepipio Panará e Jôôpyti Panará se articulam ao cotidiano de trabalho, a preparação da comida, o trabalho na roça e as festas na Aldeia Nasepotiti, afirmando a força da cultura e a identidade do povo Panará.

“Quando a gente está na Aldeia Nasepotiti é difícil imaginar todo o percurso que o povo Panará teve que fazer para chegar até aqui. E ouvir esse relato da boca do Akã, que viveu o primeiro contato com o homem branco, há mais de 50 anos, que passou pelo exílio no Xingu e que trouxe seu povo de volta ao território original, é uma baita lição de vida”, diz o diretor Sérgio Gag.

“Uma das coisas mais legais da produção são os desafios que os filmes nos trazem. Para mim, filmar no território Panará foi estar em contato com a natureza amazônica e com a riqueza da cultura desse povo, que enfrenta o desafio de conciliar as suas tradições com o impacto socioambiental trazido pelo homem branco”, completa o produtor Darwin.

A equipe do filme contou diretamente com a participação de panarás como produtores locais. Pasyma Sankuê Panará, que é presidente da Associação Indígena Iakiô Panará, deu todo o suporte nas gravações, e Kunity Metuktire Panará, que atuou como segunda câmera e, em São Paulo, fez a tradução das falas (língua Panará, do tronco linguístico Macro-Jê) durante a edição, que foi bastante criteriosa e discutida.

“Fico muito feliz de estar participando desse trabalho, aprendi muita coisa, que eu nem imaginava. Vai ser melhor ainda quando a gente transmitir, passar o filme, estou muito ansioso de estar novamente com a equipe”, diz Pasyma Sankuê Panará.

Segundo Cynthia Alario, idealizadora do CineSolar, faz todo o sentido para o projeto estar junto nesta ação, conhecer a aldeia e parte da região que os Panarás reconquistaram após 20 anos. “A nossa proposta ao exibir um documentário tão importante para a sociedade brasileira, é olhar para essa discussão, entender os povos originários e as suas relações com o homem branco, e refletir sobre essa construção cultural do país. Estamos felizes com a oportunidade de falar sobre o passado e a ancestralidade, mas vislumbrando o futuro, através do nosso cinema movido a energia solar”, diz Cynthia Alario, idealizadora do CineSolar.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

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