Grupo F: “ótima geração belga” tem sua última chance de ir mais longe em Mundiais

10 de Novembro de 2022 as 06h 00min

O sorteio reservou um destino não tão complexo para Bélgica e Croácia. A geração belga comandada por Kevin De Bruyne pode não ter o vigor de outras épocas, mas ainda tem lenha para queimar.

Vice-campeã em 2018, na Rússia, a Croácia aposta as fichas do talento do meia do Real Madrid e eleito o melhor do mundo em 2018, Luka Modric.

Sem tanta tradição como outras colegas africanas, o Marrocos é o azarão do grupo, que vê um Canadá com sede de Copa do Mundo, após ficar 36 anos distantes da maior celebração do futebol – e ainda em busca do seu primeiro gol em Mundiais.

BÉLGICA

Forte candidata ao título, a supergeração belga terá mais essa oportunidade (talvez a última) de conquistar algo, mesmo não estando em um ótimo momento. A seleção contém vários jogadores com qualidade que podem ajudar o seu país a acreditar na conquista do torneio mais importante do mundo.

Apesar disso, os belgas nunca foram uma seleção com tradição em Copas do Mundo. Não à toa, a geração atual é chamada de 'Ótima Geração Belga'. Foram com eles que a Bélgica teve sua melhor participação: em 2018, na Rússia, eles conseguiram um ótimo terceiro lugar. Após perder para a campeã França na semifinal, os comandados de Roberto Martínez venceram a Inglaterra na disputa do 'bronze'.

A Bélgica tem como grande, ou único, título relevante o ouro nos Jogos Olímpicos de 1920, disputado em Antuérpia. Na Copa do Mundo, os Diabos Vermelhos participaram de 11 das 20 edições e justamente na última atingiu sua melhor campanha. Após terminar em primeiro de seu grupo, o time liderado por De Bruyne, Hazard e Lukaku, eliminou o Japão, nas oitavas, e o Brasil, nas quartas de final. Na semifinal, caiu para a campeã França, mas garantiu um lugar no pódio ao bater a Inglaterra por 2 a 0 na disputa do terceiro lugar. Antes de 2018, a melhor participação dos belgas havia sido em 1986, quando terminaram em quarto.

Com o declínio técnico e físico de Hazard e Lukaku, que seguem sendo jogadores importantes, a eficiência do ataque depende cada vez mais da genialidade de Kevin De Bruyne. Praticamente todas as jogadas passam pelos pés do meia do Manchester City, que faz a ponte entre a defesa e o ataque. Outro destaque é o goleiro Thibaut Courtois, que já havia sido fundamental na última Copa do Mundo e hoje, defendendo as cores do Real Madrid, é para muitos o melhor do mundo na posição.

O Grupo D, que também conta com Canadá, Croácia e Marrocos, é marcado pelo equilíbrio. Por mais que a dita “geração de ouro” tenha envelhecido e muitos dos jogadores titulares e suplentes já não vivam mais seus auges, a Bélgica é favorita para ficar com uma das vagas nas oitavas de final.

CANADÁ

A seleção canadense não terá tanta relevância. Não tem tantos craques no time e está em um grupo complicado. O grande marco da seleção foi chegar à Copa do Mundo, feito que não acontecia há muitos anos.

A campanha do Canadá até a Copa do Mundo do Catar foi impecável. Jogando pelas eliminatórias da Concacaf, os canadenses conseguiram superar adversários como Estados Unidos e México e ficaram com a primeira colocação, garantindo a classificação de maneira antecipada. Foram 28 pontos conquistados em 14 jogos, com apenas duas derrotas durante a classificatória.

Os canadenses não têm tradição em Copas. Sua única participação foi em 1986, no México. Na ocasião, o Canadá teve uma das piores campanhas daquela edição, quando foi eliminado na fase de grupos após perder os 3 jogos que disputou. E em 2022, luta para marcar seu primeiro gol.

MARROCOS

O Marrocos chega para a Copa com talvez o seu melhor time de todos os tempos. A performance desses atletas foi provada já durante a fase eliminatória da competição, onde o país africano disputou 6 partidas e não amargou sequer uma derrota.

Marrocos disputará partidas contra a Croácia no dia 23 de novembro, contra a Bélgica em 27 do mesmo mês, e finalmente contra o Canadá em 1º de dezembro.

Os africanos chegam com um time forte para a Copa de 2022. Entre os destaques do time africano estão o goleiro Yassine Bounou, o volante e zagueiro Romain Saiss, o lateral-direito Achraf Hakimi (sua principal estrela), o meio-campo Sofyan Amrabat e o meia Sofiane Boufal.

CROÁCIA

A atual vice-campeã chega ao Mundial com o sonho de realizar o mesmo feito de 2018, mesmo que com mais dificuldade por conta da idade elevada de seus principais jogadores, a seleção croata não deve passar sem chamar atenção no Catar.

Os croatas tiveram vida tranquila nas eliminatórias. Foram líderes do Grupo H, com 23 pontos conquistados e apenas uma derrota. Com isso, conquistaram o direito de jogar a Copa de forma direta, sem a necessidade de repescagem.

A Croácia tem uma seleção interessante, com bons nomes, mas sem dúvidas o principal é Luka Modric. O volante de 37 anos é uma das referências da posição, sendo eleito o melhor jogador de 2018. Pode ter uma idade avançada e deve ser sua última Copa, mas é inegável que ele é como vinho: quanto mais envelhece, melhor fica.

A Croácia já teve algumas boas participações em copas, mas a melhor delas foi na última, em 2018. Na Rússia, os croatas chegaram bravamente até a final, contrariando todas as expectativas. Foram derrotados para a França por 4 a 2 e ficaram com a segunda colocação da competição.

Fonte: DA REPORTAGEM