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Sábado, 22 de Novembro de 2025

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Guardiões da Galáxia 3 é o choro de despedida

10 de Maio de 2023 as 11h 06min

James Gunn encerra a trilogia do MCU com plena liberdade de errar – Foto: Divulgação

“Esta história era sua o tempo todo, você só não sabia”, explica Lylla (Linda Cardellini) a Rocket em uma das várias cenas tocantes de Guardiões da Galáxia vol. 3. O guaxinim, como já se sabe, é usado no MCU há quase 10 anos mais como um alívio cômico do que como um personagem dramático de fato, mas a afirmação, claramente vinda de um lugar autoconsciente de James Gunn, reflete o quanto sua história é central para tudo o que os Guardiões viveram de 2014 até aqui. Usando o personagem de Bradley Cooper como o centro emocional do terceiro filme da franquia, o diretor e roteirista encerra sua trilogia com uma história feita sob medida para arrancar lágrimas — de felicidade e tristeza — de seu público.

Decidido a usar seu tempo para comover, Gunn toma alguns atalhos que, mesmo que não afetem o andar da trama principal, causam algum incômodo por sua pressa e pelas conveniências excessivas de roteiro. Tramas inteiras são apresentadas e abandonadas antes da marca dos 10 minutos, personagens vendidos como importantes são deixados de lado por quase todo o longa e qualquer complicação que possa atrasar a ida dos personagens de um ponto A a um ponto B é simplesmente ignorada pelo cineasta.

As principais vítimas desse descompromisso aparente são Peter Quill (Chris Pratt) e Adam Warlock (Will Poulter). O Senhor das Estrelas começa o filme tendo seu desgaste mental e emocional exibido sem muitos pudores por Gunn, mas basta a chegada do experimento dos Soberanos — saído diretamente do casulo mostrado no fim do segundo filme — para Quill chacoalhar a poeira e voltar à sua persona falastrona. O terráqueo, no entanto, ainda é útil para a história, diferentemente de Warlock, cuja aparição no vol. 3 parece apenas um capricho de um cineasta que não queria se despedir do MCU sem usar um de seus personagens favoritos da Casa das Ideias.

Ainda que a volta de Gunn — e de boa parte do elenco — ao MCU seja improvável no futuro, o vol. 3 joga seguro no fim da trilogia. Por mais que não se esperasse algo épico nas proporções de Vingadores: Ultimato, Guardiões da Galáxia sempre foi a subfranquia menos previsível do Marvel Studios e seu fim pouco surpreendente pode decepcionar quem entrou no cinema buscando mais ousadia, em termos de desdobramentos ou destinos de jornadas.

Felizmente, ousadia é o que não falta no restante do vol. 3. Exibicionista do jeito que é, Gunn decidiu brincar com os limites da classificação indicativa PG-13 (que limita o uso de sangue e palavrões) e se despede do MCU entregando a produção mais James Gunn que a Disney estava disposta a lançar. Mais do que soltar o primeiro palavrão da franquia do Marvel Studios, o cineasta ainda enche a tela com desmembramentos, corpos queimados, sequências de ação hiperestilizadas e um grau absurdo de violência, que nos faz questionar se realmente estamos assistindo a um filme para o público infanto-juvenil.

Mesmo que se esbalde na extravagância, Gunn nunca perde de vista o coração de Guardiões da Galáxia: a dinâmica entre os personagens principais. Seja em diálogos mais expositivos ou pequenas referências — como Rocket ter um apelido carinhoso para um membro inesperado do grupo —, o cineasta reforça o tempo todo o quanto esses desajustados se amam e se complementam, seja no campo de batalha ou na administração de Luganenhum.

Pronto para se despedir, o restante do elenco do vol. 3 parece compartilhar da experiência emocional coletiva nas suas atuações. De Chris Pratt a Vin Diesel, praticamente todos os atores protagonistas dominam determinadas cenas com uma emoção genuína de luto e despedida, sentimentos que transbordam desse capítulo final de Guardiões da Galáxia até o final dos créditos.

James Gunn encerra sua jornada na Marvel com o estilo e a emoção que suas idiossincrasias permitem, numa verdadeira volta por cima discursiva depois da demissão ocorrida em 2018. Com a Disney soltando cada vez mais remakes e continuações impessoais a toque de caixa, não é nenhum exagero dizer que o cineasta fará falta na vida dos fãs do MCU.

Fonte: DA REPORTAGEM - Omelete

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