Guto Ferreira fala da oportunidade: “não aguentava mais ficar em casa”

28 de Fevereiro de 2025 as 12h 01min

Guto Ferreira foi apresentado como novo técnico do Cuiabá nesta semana, em coletiva de imprensa no CT Manoel Dresch. Com quatro acessos à Série A em seu currículo, o treinador chega motivado para o desafio de recolocar o auriverde na elite do Brasileiro.

“Quando surgiu o Cuiabá, eu não pensei duas vezes, até porque eu sabia da seriedade do trabalho. Ninguém cresce se não tiver boa gestão, se não tiver ideias de futebol convictas e fortes, se não tiver um plantel bem estruturado. E eu chego aqui com um plantel bem interessante. Vejo que estou num grupo que pode te permitir alcançar os seus objetivos. Quando você recebe o convite desse clube, você vai de cabeça mesmo. Não aguentava mais ficar em casa, estou super motivado”.

Guto Ferreira tem 59 anos e acumula passagens por clubes como Inter, Ponte Preta, Portuguesa, Bahia, Figueirense, Chapecoense, Ceará, Coritiba e Goiás. Seu último trabalho foi no Sport, quando comandou o Leão em apenas cinco jogos. Desde agosto do ano passado estava sem trabalhar.

“Recebi o convite do Cuiabá , veio na loteria para o momento, Eu não imaginava as condições de trabalho que existiam aqui. Eu acho que fui premiado”.

O técnico vem acompanhado dos auxiliares Weligton Robson Pena de Oliveira e André Luís dos Santos Ferreira. Weligton é ex-zagueiro e teve passagem marcante pelo Málaga, da Espanha, e André Luís, que fez parte do time do Internacional que foi campeão invicto do Campeonato Brasileiro de 1979. Também integra a comissão o preparador físico Vladir Nogueira de Oliveira Júnior, conhecido como Juninho.

Antes de acertar com o Cuiabá, Guto foi visto em jogos no Allianz Parque e no Mineirão, acompanhando jogos do Cruzeiro e do Palmeiras. Sobre o tempo parado sem dirigir uma equipe o técnico disse que procurou aprimorar o conhecimento.

“Eu estava observando os jogos, indo nos estádios para ver, porque eu gosto de ver ao vivo. A TV limita algumas coisas, né? Além de fechar o foco, você não tem sensibilidade no emocional do jogo. Eu fiz um trabalho de análise, fiz isso muito tempo no Internacional, você vê também o vídeo, mas é totalmente diferente de ver no campo. Então estava indo, estava analisando, não imaginava que surgiria o Cuiabá, mas você analisa todos (os times), mais ou menos os times que estão no padrão, que podem permitir você a atingir seus objetivos pessoais trabalhando nesses clubes, e o Cuiabá era um deles”, disse o treinador.

Anunciado em menos de 24 horas após a demissão de Bernardo Franco, o novo comandante auriverde ressaltou os desafios de voltar à Série A. “Você pode ver que não é qualquer time que cai e sobe no ano seguinte, porque essa mudança de divisão traz a desmontagem de um plantel bem mais caro e a remontagem de um plantel que se adeque à condição financeira da Série B. Isso é extremamente difícil”.

De acordo com o treinador, já foi possível identificar os principais pontos que o time precisa melhorar. “A equipe tem alguns conceitos muito interessantes já adquiridos. Nosso trabalho é qualificá-los, lapidá-los e deixá-los ainda mais preparados para uma competição de qualidade. O meu trabalho é acrescentar um molho especial, o tempero do Guto”.

O treinador lembrou do consagrado apelido "Gordiola", e ressaltou que não se incomoda em ser chamado assim. “Não tem problema nenhum, desde que me tratem com respeito. Acho que me ajudou bastante (o apelido), porque em campo sou carrancudo, e acho que o apelido ajudou a humanizar o Guto”, disse o comandante.

Na temporada passada, o Cuiabá foi o lanterna do Brasileirão, com o pior ataque do campeonato, ao lado do Atlético-GO, com 29 gols, e teve a 7ª pior defesa. Questionado sobre o equilíbrio que a equipe precisa, o professor detalhou o que o torcedor do Dourado pode esperar.

Fonte: DA REPORTAGEM