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Identificada assinatura espectral de sintomas da haste verde na soja
07 de Julho de 2024 as 05h 09min
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Pesquisadores da Embrapa e da Unemat identificaram as características de reflectância de plantas de soja sadias e infestadas pelo nematoide Aphelenchoides besseyi, causador da doença da haste verde, também conhecida como “soja louca II”. A discriminação da assinatura espectral das plantas com sintomas é um primeiro passo para a produção de um sensor que poderá auxiliar o manejo das lavouras.
No trabalho feito em casa de vegetação na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, plantas de soja em vasos foram inoculadas com diferentes populações do nematoide causador da doença. Usando a técnica da espectroradiometria, foram analisadas as características de reflectância dos diferentes grupos de plantas.
“Obtivemos assinaturas das plantas sadias e das plantas infestadas com diferentes intensidades populacionais desse nematoide. Essas assinaturas, ou esses registros nas folhas, são apresentados na forma de faixas”, explica a pesquisadora Valéria Faleiro.
De acordo com a pesquisadora, este foi o primeiro passo em um trabalho de afinamento da tecnologia para futuramente se chegar a um sensor que possa ser usado nas lavouras de soja. “Essa metodologia vai contribuir de modo a acelerar o monitoramento no campo. Tornando mais ágil o processo de identificação de áreas infestadas pelo nematoide. Contribuindo assim para a melhoria do manejo”, prevê.
A continuidade da pesquisa depende agora da aprovação de um novo projeto, que permitirá novos testes em casa de vegetação e a validação em lavouras no campo.
O nematoide Aphelenchoides besseyi é o agente causador da doença que ficou conhecida como “Soja Louca II”. A doença ocorre em regiões quentes e úmidas como Mato Grosso, Pará, Amapá, Tocantins e Maranhão e pode causar até 100% de perdas na lavoura.
Os sintomas incluem deformação de folhas, hastes e vagens. Observa-se afilamento e embolhamento das folhas; hastes apresentando caneluras e engrossamento dos nós e reduzido número de vagens. Como são sintomas observados na parte aérea da planta, o sensoriamento hiperespectral tem grande potencial de uso para identificação nas lavouras.
Esta pesquisa foi financiada pela Fapemat por meio do Edital Mulheres e Meninas na Computação, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, que buscou fomentar a atuação feminina na ciência. Além de ser liderado por uma mulher, o projeto contou somente com meninas entre as bolsistas de iniciação científica.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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