Noticias
ILPF revoluciona a agropecuária brasileira de forma sustentável
10 de Dezembro de 2024 as 08h 43min
Diversifiação traz benefícios ao meio ambiente – Foto: DivulgaçãoA Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem se difundido a cada ano como uma estratégia de produção para o agronegócio brasileiro. Promovendo a sustentabilidade e a diversificação produtiva em uma única área, esse sistema, em plena expansão, oferece benefícios econômicos, ambientais e sociais, transformando a maneira como o produtor lida com o uso da terra.
Segundo Marina Lima, zootecnista e técnica de sementes e sustentabilidade da Soesp (Sementes Oeste Paulista), o sucesso na implantação da ILPF começa com um planejamento rigoroso.
“O primeiro passo é fazer um levantamento completo da área, analisando as características do solo, o clima da região onde se pretende implantar o sistema e a vocação da fazenda. Feito isso, inicia-se a escolha dos componentes que melhor se adaptam à propriedade, suas respectivas finalidades, como e quando serão feitos os plantios e as colheitas. Não existe uma receita única, cada propriedade tem suas particularidades e o modelo precisa ser ajustado para essas condições”, explica.
MÚLTIPLOS GANHOS
A sinergia entre as culturas na ILPF resulta em um sistema que potencializa os recursos e aumenta a produtividade. A lavoura enriquece o solo com matéria orgânica e nutrientes, beneficiando as pastagens e, consequentemente, a pecuária.
“A floresta, por exemplo, além de gerar uma renda futura com a venda de madeira para o mercado, proporciona sombra e conforto térmico para os animais, aumentando o tempo de pastejo e reduzindo o consumo de água”, pontua a especialista. De acordo com um estudo realizado na Embrapa Pecuária Sudeste, os animais mantidos na ILPF apresentaram redução de 23% na procura por bebedouros em relação aos animais que estavam em pleno sol.
Além dos benefícios imediatos, a correta implantação do sistema ILPF contribui para a mitigação dos impactos ambientais, como a conservação do solo e a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), por meio do sequestro de carbono no solo e nas árvores.
Em estudo realizado na Embrapa Agrossilvipastoril, foi observado em 4 anos, que os sistemas integrados com árvores podem sequestrar de 15,9 a 20,4 Mg CO2eq/ha/ano.
Além disso, o sequestro de carbono no solo ressalta sua importância como sumidouro de carbono, sendo observado neste mesmo estudo um estoque de 40,5 a 56,4 Mg CO2eq/ha durante quatro anos. A presença contínua da pastagem dos animais nos sistemas integrados contribuiu para o maior sequestro de carbono no solo.
A cobertura das áreas com forragem e o microclima criado pelas árvores ajudam especialmente em períodos de seca. “A ILPF, além de conservar o solo, reduz a temperatura com a palhada das forrageiras, descompacta e aumenta a infiltração e retenção de água pelas raízes das plantas”, diz a profissional.
Em relação ao mercado, a prática desse sistema se destaca como um diferencial competitivo, já que os consumidores estão cada vez mais atentos à sustentabilidade dos produtos que consomem.
Aqueles oriundos de sistemas integrados, certificados e com práticas de baixo impacto ambiental têm potencial para alcançar preços mais elevados e conquistar clientes que priorizam a sustentabilidade. A demanda por carne carbono neutro, soja sustentável e madeira certificada é uma tendência que posiciona a ILPF como uma estratégia economicamente vantajosa.
DESAFIOS
Com os benefícios, também vem uma maior complexidade. O sistema exige capacitação contínua do produtor, um bom investimento inicial e necessidade de monitoramento constante das espécies e dos solos. A adoção de tecnologias pode facilitar, como drones, sensores e softwares de gestão agrícola. Estes itens auxiliam na tomada de decisões e reduzem riscos.
INCENTIVOS
É importante destacar que a expansão da ILPF no Brasil conta com o apoio de políticas públicas e programas de incentivo, como o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que subsidiam iniciativas sustentáveis. Certificações como a Carne Carbono Neutro (CCN), desenvolvida pela Embrapa, validam as práticas do sistema e agregam valor ao produto final, fomentando o mercado de produtos de origem sustentável.
O planejamento da ILPF deve envolver também a seleção dos insumos. A Soesp, por exemplo, não só produz e comercializa sementes de pastagem de alta qualidade como também integra a Rede ILPF, uma associação formada por empresas privadas e a Embrapa, com objetivo de ampliar as áreas de ILPF no Brasil. Acompanhe pesquisas, eventos, capacitações e difusão tecnológica para modelos produtivos sustentáveis: instagram.com/redeilpf.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
Veja Mais
Corpo de Bombeiros doa duas toneladas de alimentos a instituições filantrópicas em Cuiabá
Publicado em 26 de Dezembro de 2024 ás 16h 15min
Abilio revela que não esperava que dívida fosse tão grande
Publicado em 26 de Dezembro de 2024 ás 12h 14min
Vale-Pedágio físico deixa de ser aceito a partir do dia 31
Publicado em 26 de Dezembro de 2024 ás 12h 04min