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Importação de aeronaves avança no país com alta da demanda
29 de Abril de 2025 as 18h 27min

O mercado de compra de aeronaves no Brasil mantém forte ritmo de crescimento e apresenta projeções positivas para 2025. Impulsionado pela expansão do agronegócio e pelo aumento da demanda da aviação executiva, o segmento segue aquecido, com destaque para a importação de aeronaves. Mato Grosso, um dos principais polos do agronegócio nacional, importou R$ 120 milhões em aeronaves em 2024.
A elevada demanda interna, superior à capacidade de oferta, tem levado consumidores a buscar opções no mercado internacional. A preferência pela importação se justifica por fatores como maior variedade de modelos, possibilidade de personalização, custos mais competitivos e tempo de entrega reduzido.
Com a alta procura, a fila de espera para compra de aeronaves no Brasil pode chegar a até três anos, o que tem estimulado o interesse pela importação, cuja liberação costuma ocorrer em cerca de 60 dias. O cenário é apontado por especialistas como um dos fatores que devem manter o crescimento do setor em alta no próximo ano. “A longa fila de espera tem sido um fator relevante na decisão por importar. Isso, somado ao aumento nas demandas por aeronaves e à cadeia logística impactada pela pandemia, faz com que muitos compradores busquem aeronaves usadas fora do país”, explica Amanda Verjovsky, desenvolvedora de novos negócios da WM Trading.
Segundo ela, os modelos importados que se encaixam nesse perfil possuem maior número de horas disponíveis para voo, indicativo de pouco tempo de uso, o que é considerado uma vantagem pelos compradores. Além disso, a agilidade no processo de importação é um diferencial importante.
Outro atrativo é o custo-benefício. De acordo com Amanda, o mercado internacional oferece aeronaves até 30% mais baratas do que modelos disponíveis no mercado nacional. A tecnologia embarcada e a possibilidade de personalização também são fatores decisivos. “Em relação às aeronaves usadas, os veículos podem estar em ótimas condições, com mais horas disponíveis e ainda é possível que o cliente tenha mais liberdade para escolher o modelo que melhor atende suas necessidades operacionais e de desempenho”, destaca a especialista.
Do ponto de vista tributário, a importação também se mostra vantajosa. Apenas dois tributos incidem sobre a operação: o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com alíquota de 6,5%, e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Entre os estados brasileiros, o Espírito Santo lidera como principal porta de entrada para as aeronaves importadas. O estado oferece um incentivo fiscal de ICMS de 4%, o que torna a operação mais atrativa. Segundo dados da Comex Stat, o Espírito Santo foi responsável por US$ 1,7 bilhão em importações de aeronaves.
Minas Gerais, com US$ 180 milhões, São Paulo, com US$ 127 milhões, e Mato Grosso, com US$ 120 milhões, completam a lista dos principais importadores. Os Estados Unidos e a França foram os maiores fornecedores para o mercado brasileiro em 2024.
O crescimento da importação de aeronaves reflete não apenas a força do agronegócio e da aviação executiva, mas também a transformação do perfil de consumo nesse segmento. Clientes buscam agilidade, personalização e tecnologia, aspectos que o mercado internacional tem conseguido atender com maior eficiência.
Especialistas do setor apontam que a tendência é de manutenção do ritmo de importações nos próximos anos, especialmente com a perspectiva de crescimento da economia brasileira e o fortalecimento de setores como o agronegócio e a mineração, que demandam cada vez mais aeronaves para suas operações.
Fonte: CLEMERSON SM
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