Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Quarta Feira, 02 de Julho de 2025

Noticias

Incêndios no Pantanal matam população de abelhas; entenda as consequências

13 de Setembro de 2024 as 10h 49min

Destruição de colmeias e queima das principais fontes de alimento para as abelhas – Foto: Divulgação

As chamas que devastaram o Pantanal nos últimos meses não atingiram apenas a fauna e a flora visíveis a olho nu, mas também afetaram os pequenos insetos essenciais para o bioma: as abelhas. Na zona rural de Jaciara, 22 apiários — conjunto de colméias instaladas em um local — com mais de 30 mil abelhas cada, foram destruídos pelas queimadas no Pantanal, nesta semana.

Com a destruição de diversas colmeias, o presidente da Associação dos Apicultores do Vale do São Lourenço (Apivale), Mauro Bogado, alertou sobre o impacto na polinização de plantas nativas e na produção de mel, além dos riscos contínuos que os incêndios representam para o bioma.

“Na nossa região, já perdemos mais de 20 colmeias para incêndios anteriores. Ele [fogo] vem dizimando as abelhas e isso afeta diretamente no ambiente delas”, ressaltou.

Mato Grosso é o estado do Brasil que mais queimou desde janeiro deste ano e, segundo Mauro, além da destruição de colmeias e apiários, uma das principais consequências é a queima das principais fontes de alimento delas, como o néctar e pólen, que são encontrados nas plantas nativas da região. Com a destruição dessa vegetação, os insetos morrem de fome. A contaminação da água causada pelas chamas também é um dos problemas enfrentados por esses pequenos animais, segundo o biólogo Julio Belinki.

Esse desequilíbrio afeta diretamente a sobrevivência das abelhas e prejudica sua função de polinizadoras, o que, por sua vez, compromete a regeneração da vegetação local e afeta todo o ecossistema do Pantanal.

“Com a perda das abelhas, pode acontecer o declínio da polinização, levando a diminuição das sementes de plantas nativas que dependem dessa relação da fauna e flora. Existem relações onde a polinização de uma planta depende exclusivamente das abelhas sem ferrão para realizar o processo de polinização dela”, informou

Belinki explicou que as abelhas são insetos que dependem do olfato e visão para se alimentar e orientar no ambiente. Elas usam o olfato para detectar o cheiro das flores e a visão para localizar as plantas através das cores e padrões florais.

Em um cenário de queimadas, esses sentidos são gravemente afetados. A fumaça dificulta a capacidade de detectar odores florais. Já a fumaça e as cinzas podem escurecer a visão das abelhas, tornando difícil a localização das flores. Essa combinação de fatores faz com que as abelhas tenham dificuldade em se alimentar, se orientarem e retornarem às colmeias, comprometendo seriamente sua sobrevivência.

Fonte: DA REPORTAGEM

Veja Mais

Férias de julho impulsionam procura por pet sitter em Sinop

Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 06h 39min


Protótipo avalia qualidade e maciez da carne bovina em tempo real com uso de IA

Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 05h 35min


Justiça nega pedidos e mantém ação contra Alei, vice e agricultor

Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 04h 38min


Jornal Online

Edição nº1579 - 02/07/2025