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Ingredientes para o Flamengo: vantagem rara e bom retrospecto do goleiro
Essa é só a 4ª vez que o time conseguiu uma vantagem de dois ou mais gols no mata-mata
29 de Setembro de 2021 as 09h 00min
Diego Alves defende pênalti na disputa contra o Emelec — Foto: André DurãoMuitos torcedores do Flamengo não ficaram totalmente satisfeitos com o desempenho do time no 2 a 0 contra o Barcelona, no Maracanã, mas esta é apenas a quarta vez na história que o clube conseguiu construir uma vantagem de dois ou mais gols na história do mata-mata da Libertadores.
Nas outras três vezes, o Flamengo se classificou em duas ocasiões, contra o Minervén (VEN), em 1993, e contra o Internacional, em 2019. O único fracasso foi contra o América do México, em 2008.
Em 2019, Bruno Henrique foi o responsável pelos dois gols na vitória sobre o Inter, no Maracanã. Contra o Barcelona, na última quarta, o atacante também foi o responsável pelos dois gols na vitória por 2 a 0.
Esta é a 17ª participação do Flamengo na Libertadores. Antes dos anos 90, a forma de disputa era diferente da atual, sem duelos eliminatórios de ida e volta. As semifinais, por exemplo, eram em grupos com três clubes e o primeiro colocado ia para a final.
BOM RETROSPECTO
Para se classificar para a final, o time pode perder por um gol de diferença ou dois, desde que marque ao menos um. Desde a edição 2018 até hoje, o goleiro Diego Alves disputou 16 partidas de fase mata-mata da Libertadores pelo Flamengo, e em apenas duas ele levou mais de um gol.
Foi no jogo das oitavas de final de 2018, a derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, no Maracanã (com gol de Arrascaeta para os mineiros), e na derrota por 2 a 0 para o Emelec, no Equador, nas oitavas da edição 2019, em que a equipe terminou campeã. Flamengo e Barcelona se enfrentam nesta quarta (29), às 20h30, no Estádio Monumental, em Guayaquil.
HISTÓRIAS DO EQUADOR
Na fase de grupos da Libertadores 2020, o Flamengo foi ao Equador para disputar dois jogos em sequência, contra Independiente del Valle, em Quito, e Barcelona, em Guayaquil. Retornou ao Brasil com uma goleada por 5 a 0 contra o Del Valle e com um surto de Covid em que 19 jogadores testaram positivo. A única boa notícia foi a vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona, adversário de hoje.
Em uma péssima atuação, o Flamengo sofreu sua pior derrota na história da Libertadores. O del Valle fez 5 a 0 e desencadeou uma crise, com muitas cobranças sobre o técnico Domènec Torrent, e movimentações políticas nos bastidores para questionar as decisões da alta cúpula do futebol.
De Quito, a delegação foi direto para Guayaquil, no nível do mar. O vice de futebol Marcos Braz deu uma entrevista coletiva e disse que não estava nos planos a demissão do técnico. Mas o clima era o pior possível. Além de todo bastidor político, havia dificuldade de compreensão e convicção dos jogadores sobre as ideias de Dome. Os relatos de que falta clareza no comando dos treinamentos eram recorrentes.
Após o 5 a 0 em Quito, Gabigol fez exame, que apontou uma lesão na coxa direita e ele não pôde enfrentar o Barcelona na rodada seguinte. Mas o cenário ainda ficaria muito pior. Antes do jogo em Guayaquil, Isla, Matheuzinho, Filipe Luís, Diego, Bruno Henrique, Michael e Vitinho testaram positivo para Covid. Foram levados em um avião especial de volta ao Rio de Janeiro.
Fonte: DA REPORTAGEM
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