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Domingo, 06 de Julho de 2025

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Invasão de casas de apostas põe em dúvida ética no futebol

05 de Maio de 2023 as 06h 03min

Santos tem patrocínio master da Pixbet – Foto: Divulgação

Começa o segundo tempo do jogo entre Vasco e Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro 2023. Bola no círculo central, a bola é rolada para Gabriel Menino. E ele manda um lançamento... diretamente pela linha lateral.

E aí vem a dúvida: foi um passe (muito) mal sucedido ou suposto favorecimento a casas de apostas? Afinal, em algumas delas, o lance “lateral” é uma daquelas opções para quem aposta no “primeiro lance do segundo tempo”.

Pois bem. Começou o Brasileirão 2023 com uma invasão de patrocínios de casas de apostas nas camisas dos times da Série A. 19 dos 20 clubes da elite contam com acordos comerciais com sites de jogos de azar. O Cuiabá é o único que, atualmente, não tem patrocínio no ramo.

Onze clubes têm como patrocínio master de casas de apostas: América-MG (EstrelaBet), Atlético e Fluminense (Betano), Athletico Paranaense, Bahia e Goiás (Esportes da Sorte), Botafogo (Parimatch), Cruzeiro (Betfair), Fortaleza (Novibet), Santos e Vasco (Pixbet), São Paulo (Sportsbet.io).

Os que têm patrocínios em outros espaços do uniforme são: Grêmio (Esportes da Sorte), Corinthians e Flamengo (Pixbet), Coritiba (Dafabet), Internacional (EstrelaBet), e Red Bull Bragantino (MrJack.bet).

LEGALIDADE

O advogado desportivo Milton Jordão explica que, mesmo amparada por lei, não há critérios para as casas atuarem ou formas de fiscalização. O prazo para que seja feita a regulamentação termina em dezembro deste ano. Jordão, porém, confessa não ter esperança de que isso ocorra a tempo.

Entre os prejuízos estão a não arrecadação de impostos e a falta de amparo legal para os apostadores. “A gente deixa de recolher uma enormidade de impostos. E o apostador também sofre, porque se o site que ele tá apostando não tá regular no Brasil como é que ele vai cobrar?”, pondera.

PROIBIÇÃO NA INGLATERRA

Enquanto isso, os clubes ingleses que disputam a primeira divisão, a Premier League, a partir de 2025 estão proibidos de estampar o patrocínio de casas de apostas na frente de suas camisas. Também tratamos desse assunto aqui, em julho de 2022, quando as discussões foram iniciadas.

O fato é que, num momento em que a manipulação de resultados é cada vez mais preocupante, os ingleses tomam uma providência que parece sensata e necessária. Mas aqui no Brasil ninguém parece muito preocupado. Queiram ou não, essas manipulações estão umbilicalmente ligadas às apostas esportivas. Mas ninguém está nem aí para isso.

O comunicado oficial foi divulgado na semana passada pela Football Association (FA) justifica que a medida segue uma consulta envolvendo o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte como parte da revisão contínua da atual legislação de jogos de azar. O anúncio também visa conter o aumento da ludopatia, que é a compulsão de uma pessoa por jogos de azar.

Atualmente, oito equipes serão diretamente atingidas pela proibição: Bournemouth (Dafabet), Brentford (Hollywoodbets), Everton (Stake.com), Fulham (W88), Leeds (Sbotop), Newcastle (Fun88), Southampton (Sportsbet.io) e West Ham (BetWay).

“Os clubes da Premier League concordaram coletivamente em retirar o patrocínio de jogos de azar da frente das camisas dos clubes, tornando-se a primeira liga esportiva do Reino Unido a tomar tal medida voluntariamente para reduzir a publicidade de jogos de azar.

Foi feita uma ampla consulta envolvendo a Liga, seus clubes e o Departamento de Cultura, Mídia e Esporte como parte da revisão contínua do governo da atual legislação de jogos de azar. Os ingleses também estão trabalhando com outros esportes no desenvolvimento de um novo código para patrocínio de jogo responsável. Para ajudar os clubes na transição do patrocínio de jogos de azar, o acordo coletivo começará no final da temporada 2025/26 temporada”.

MANIPULAÇÃO

Anderson Nunes, gestor de relacionamento da Casa das Apostas, patrocinadora do Bahia, afirma que a estratégia de se vincular aos clubes é “um caminho mais curto para alcançar os torcedores”. Para este ano, a expectativa é que o mercado movimente R$ 4 bilhões.

Por outro lado, essa proximidade levanta preocupações sobre manipulação. Há o risco de o apostador injetar uma quantia alta e pagar um jogador para que se chegue àquele resultado. Na Itália, em 2006, foi descoberto o caso ‘Calciopoli’, exatamente envolvendo compra de jogos e resultados arranjados.

Fonte: DA REPORTAGEM

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