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Terça Feira, 08 de Julho de 2025

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Johnny Depp ofusca abertura do Festival de Cannes

19 de Maio de 2023 as 12h 49min

Após processo contra a ex-mulher Amber Heard, ator retornou ao tapete vermelho – Foto: Divulgação

O 76º Festival de Cannes começou sob o signo da controvérsia. O motivo é a presença de Johnny Depp no filme de abertura, Jeanne Du Barry, dirigido por Maïwenn, no qual ele interpreta o rei Luís 15 da França.

Alguns acharam um absurdo o ator, que passou por um divórcio complicado de Amber Heard, que o acusou de violência verbal e física, ser recebido com pompa, no tapete vermelho mais impressionante do mundo do cinema.

Mas, em geral, sua vinda a Cannes foi vista como um grande retorno depois do processo de difamação vencido por ele contra a ex-mulher. Depp foi recebido por fãs ávidos em conseguir uma foto ou um autógrafo, e o filme foi bem-recebido (como quase sempre no festival) na sessão de gala com a presença dele e da equipe.

Na quarta (17), a entrevista coletiva de Jeanne Du Barry atrasou 26 minutos e começou sem a presença de Depp que se atrasou cerca de 15 minutos. Mas, quando ele chegou, respondeu às várias perguntas sobre sua volta, sobre o escândalo, sobre as pessoas que não queriam sua presença em Cannes – embora sempre de um jeito Johnny Depp, cheio de idas e vindas e voltas. “Eu já tive uns 17 retornos, mas na verdade nunca fui embora. Pode ser que tenham parado de me ligar por medo, por algum tempo. Mas estou aqui”, disse ele, comentando a narrativa da volta.

Ele também confirmou que se sentiu boicotado por Hollywood na época de seu divórcio e do julgamento. “Teria de estar morto para não notar”, afirmou. “Pois o que dizer quando você é obrigado a deixar um filme por causa de vogais e consoantes flutuando no ar? Mas me sinto boicotado agora? Não. Não me sinto porque não penso no assunto. Eu não sinto muita necessidade de Hollywood. É uma época estranha, em que todo o mundo amaria poder ser quem realmente é, mas tem de andar na linha. Que bom para quem quer essa vida, mas vejo vocês do outro lado”.

O ator também disse que conhece bem o “circo” do Festival de Cannes. “Eu vim pela primeira vez em 1992, acidentalmente, porque estava com o diretor Emir Kusturica. E foi um circo como nunca tinha visto. Continua igual”, disse. “E essa parte do circo armado em volta do festival é estranha porque você acredita no que quiser, a verdade é a verdade, mas esses ruídos abstratos que ouvimos fazem com que as pessoas falem do filme. A maioria das coisas que vocês leram nos últimos cinco ou seis anos sobre minha vida foi uma ficção, uma fantasia escrita horrivelmente. A verdade é que estamos aqui para falar sobre o filme. O resto é apenas chato. Vocês não estão cansados disso?”

O filme? Bem, Depp, que passou bastante tempo na França quando foi casado com Vanessa Paradis, teve de aperfeiçoar seu francês para fazer o papel inteiramente na língua. Segundo a diretora Maïwenn, ele já falava francês fluentemente, só parando às vezes para procurar alguma palavra, e sabia mais de Luís 15 do que ela própria.

Maïwenn, que também interpreta Jeanne Du Barry, conseguiu desempoeirar um pouco a história, seguindo uma onda que tenta modernizar personagens de séculos anteriores, antes vistos em rígidos filmes de época. Mas nem ela, nem Depp conseguem dar conta de personagens complexos, que desafiaram a corte francesa com seu caso de amor – ter amantes não era incomum para os reis franceses, mas Jeanne nasceu pobre e foi cortesã, o que causou escândalo. Não ajuda também que a roteirista e diretora tenha focado quase exclusivamente na história de amor.

As antagonistas de Jeanne Du Barry são as filhas de Luís 15 e Maria Antonieta, futura rainha, mas o filme não se preocupa em dar a elas nenhuma dimensão. São todas apenas meninas más. Os personagens que apoiaram Jeanne – todos homens – têm muito mais camadas.

O filme não chega a ser penoso de assistir como os anteriores da diretora, Políssia (2011) e Meu Rei (2015) – ambos concorreram à Palma de Ouro, com o primeiro ganhando o prêmio do júri e o segundo, melhor atriz para Emmanuelle Bercot (empatado com Rooney Mara por Carol). É o típico longa de abertura, com estrelas para abrilhantar o tapete vermelho. Só que, no caso, Johnny Depp praticamente ofuscou a obra em si.

Fonte: DA REPORTAGEM - Omelete

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