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Terça Feira, 04 de Março de 2025

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Lotéricas são investigadas por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

07 de Março de 2024 as 05h 04min

Dentre os investigados pelos depósitos ilegais, há alvos de operações anteriores – Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta (6), a Operação Bilhete Premiado, que investiga casas lotéricas por lavagem de dinheiro vindo do tráfico internacional de drogas e corrupção. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda.

As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso, além do bloqueio de bens móveis e imóveis até limite R$ 106 milhões. A operação tem apoio da Receita Federal.

Segundo a Polícia Federal, as casas lotéricas eram usadas para mascarar a origem ilícita do lucro obtido por corrupção e tráfico internacional de drogas.

A PF identificou depósitos de milhões de reais em espécie que evidenciaram que os valores eram incompatíveis com o patrimônio declarado pelos depositantes. Na dinâmica do esquema de lavagem desses capitais, verificou que era comum que os saques fossem realizados no mesmo dia ou nos dias seguintes aos depósitos para dificultar o rastreamento pelas autoridades.

Durante o cumprimento de um mandado de busca em uma lotérica em Pontes Lacerda, foi apreendido mais de R$ 96 mil em espécie. De acordo com a PF, dentre os investigados pelos depósitos ilegais, há alvos de operações anteriores da PF, como da Operação Ararath, que investigou a prática de “mensalinho” de integrantes da Assembleia Legislativa e da Operação Hybris, deflagrada para coibir a distribuição de drogas na região de fronteira com a Bolívia, em esquema de tráfico internacional de cocaína.

A apreensão de bens e valores vai contribuir para a identificação dos envolvidos e beneficiários do esquema. O crime de lavagem de bens, direitos e valores prevê pena de reclusão, de 3 a 10 anos e multa.

EX-DEPUTADO
ENVOLVIDO

O ex-deputado estadual e médico Carlos Antônio Azambuja foi alvo da Operação Bilhete Premiado. O mandado cumprido em Pontes e Lacerda foi justamente na casa dele.

Azambuja também foi alvo da Operação Ararath e foi filmado recebendo dinheiro no gabinete do assessor do ex-governador Silval Barbosa, que em delação premiada, contou que pagava propina a deputados para aprovarem seus projetos e contas na AL.

Neste ano, o deputado fez um acordo de não persecução penal e se comprometeu a devolver R$ 163 mil em 72 parcelas aos cofres do estado.

Fonte: DA REPORTAGEM - G1-MT

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