Lucas do Rio Verde: Aliança de Inovação do Cerrado visa um município ainda mais competitivo

31 de Janeiro de 2023 as 06h 00min

A Aliança de Inovação do Cerrado (AIC), que reúne 14 entidades públicas e privadas para transformar Lucas do Rio Verde em município competitivo na área de empreendedorismo, inovação e novos negócios.

E essa iniciativa está longe de pensar apenas nas empresas. “É um projeto para termos uma cidade inovadora, um ambiente de inovação, formada por Poder Público, Iniciativa Privada, Sociedade Civil Organizada e as instituições de ensino superior. Queremos ser uma cidade inovadora, como se fosse uma zona franca, para que as empresas aqui se instalem, com toda uma estrutura de benefícios fiscais, para que tenhamos constantemente uma cidade inovadora”, afirma o prefeito Miguel Vaz Ribeiro (Cidadania), em entrevista exclusiva ao Diário do Estado MT.

Dois polos em Porto Alegre/RS foram visitados pela Gestão luverdense. “São muito fortes em inovação tecnológica, e é esse modelo que queremos trazer para cá. Trabalhar inovação será algo constante. Temos a produção primária, comércio, agroindústria, além dos outros setores a desenvolver. Temos um campo fértil para isso. É esse ambiente que pensamos para Lucas do Rio Verde em longo prazo”, emenda.

AUMENTO POPULACIONAL

O salto populacional que Lucas do Rio Verde teve nas últimas décadas impactou significativamente diversas áreas, entre elas a de habitação. Mesmo tem sido projetada para 200 mil habitantes, a expectativa de crescimento gradual se transformou numa demanda muito acima do esperado.

E como uma das reclamações recorrentes da população é com o alto preço dos alugueis, construir habitações com valores acessíveis se tornou um desafio para o Poder Público.

Nesse sentido, Vaz aposta em recursos das esferas municipal, estadual e federal para a construção de quase duas mil habitações. Vale lembrar que, do Censo 2020 para a contagem de 2022, ainda em curso, a população saltou de 69 mil para 83 mil – e a expectativa é de que esse número chegue a 90%.

“Tudo começa por uma economia aquecida e segue a esteira do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A participação do Município na divisão do ICMS é de aproximadamente 2,4%. Com essa nova contagem, vamos a 2,8%. E pela nossa estimativa, caso ultrapasse 90 mil habitantes, chegamos a 3%”, destaca Vaz.

“Com mais recursos, podemos ampliar a distribuição para mais setores, incluindo a habitação. É preciso suprir essa demanda reprimida na nossa cidade”, completa.

Para isso, na última semana, foram abertas as inscrições para o programa habitacional “Sonho Meu”, que seguem até 14 de abril. São 107 lotes, com metragens de 180 m² e 200 m², oferecidos para famílias de mais baixa renda e financiado pela próprio Poder Público. “É exclusivo para famílias cuja renda seja entre R$ 1,5 mil a R$ 4 mil. Dessa forma, podem ter seu espaço e construir ali sua casa”, destacou.

Miguel Vaz lembrou ainda que, no início da gestão, concluiu 350 unidades que estavam em construção. “Também fizemos uma parceria com o Governo do Estado, por meio do MT Par, e com a Caixa Econômica Federal para iniciar em breve a construção de 1.536 unidades de apartamentos”.

MUDANÇA DE PORTE

Fatores como crescimento populacional (citado anteriormente) e impulsionamento do setor agroindustrial contribuem para que Lucas do Rio Verde vislumbre mudar seu status de “pequeno” para “médio porte”. Isso ainda levará alguns anos, mas o trabalho tem sido feito neste sentido.

“Nossa visão é ser um moderno polo de desenvolvimento econômico, social e ambiental, promovendo qualidade de vida às pessoas. Temos que ser referência regional, como de fato somos em diversos aspectos, além de melhorar o ritmo de crescimento, sem perder a qualidade. Uma cidade bem cuidada, para que a população se sinta bem, permaneça e fale bem, atraindo mais investimentos”, afirma o prefeito.

Outro fator preponderante no desenvolvimento econômico está no ensino. Ofertar oportunidades aos estudantes é a principal forma de atrai-los e mantê-los no município.

“É preciso preparar o aluno para absorver as oportunidades que estarão à disposição daqui 10 anos. Portanto, fortalecemos o ensino de língua inglesa permanente nas escolas, e temos um bom indicador de matemática. Isso é muito importante para entender as inovações tecnológicas, e mais para frente decidir qual área quer seguir, considerando que nosso trabalho prevê ofertar diversas possibilidades”, conclui Vaz.

Fonte: JOSÉ ROBERTO GONÇALVES