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Maior cratera de asteroide da América do Sul vai virar parque geológico
13 de Fevereiro de 2025 as 05h 07min
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A maior cratera de asteroide da América do Sul deve se tornar o 4° Geoparque do Brasil. Isso porque o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que o Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluirá, neste mês, o mapa do projeto de transformar o lugar em parque geológico. Esse é um dos primeiros passos para a criação do parque. A área estudada é conhecida como o 'Domo de Araguainha' e está localizada entre Mato Grosso e Goiás.
A cratera é a 15ª maior do mundo. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, o objetivo é preservar a área e fomentar o turismo geológico na região.
A cratera foi descoberta em 1973, quando pesquisadores da Nasa, Robert Dietz e Bevan French, deram os primeiros indícios de que aquilo era uma 'cicatriz' deixada por um meteorito.
Conforme estudos feitos pelo pesquisador e geólogo Álvaro Crósta, o asteroide atingiu a terra há cerca de 250 milhões de anos e a área da colisão está dividida entre três cidades de Mato Grosso (Ponte Branca, Araguainha, Alto Araguaia) - onde está localizada 60% da cratera - e três do estado vizinho, Goiás (Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia).
O Domo de Araguainha é um dos 100 principais sítios geológicos do mundo, pela International Union of Geological Sciences (IUGS) e sua classificação considerou relevância científica, além do potencial para uso em atividades educacionais culturais e turísticas.
Além da criação do Geoparque Astroblema Araguainha, o Ministério Público apura, em outro inquérito, possíveis impactos socioambientais decorrentes da implantação da rodovia estadual MT-100, que pode afetar a região central do Domo.
ÁREA RARA
O Domo de Araguainha é uma cratera de 40 km de diâmetro, cortada pelo Rio Araguaia e é uma das raras crateras do mundo com todas estruturas preservadas, segundo a coordenadora do IUGS, Joana Sanchez. “É uma das crateras mais completas que conhecemos, com todas as feições que comprovam uma cratera de impacto expostas”.
Segundo Joana, o núcleo soergueu 2 km, e atualmente todas as estruturas, dobras, falhas geológicas, brechas formadas pelo impacto estão totalmente visíveis, o que facilitam os estudos na área. Após análise das rochas do local, constataram a presença de feições microscópicas, produzidas somente pelo impacto de corpos celestes.
O pesquisador Álvaro explicou ao g1 que a determinação da idade do impacto se deu através de vários estudos de isótopos e, devido o tempo desde quando o asteroide caiu, não há informações específicas sobre ele, além do tamanho e velocidade.
“Não sabemos as características, porque não sobrou nenhum material para analisar, mas [era] uma esfera de aproximadamente 4 km de diâmetro e a velocidade que chegou à superfície da Terra era de 14 a 16 km por segundo”, explicou.
GEOTURISMO
Segundo Joana Sanchez, o Domo de Araguainha tem um grande potencial geoturístico. Segundo ela, a região é importante para a educação geológica e para "trazer visibilidade a um local tão importante nacionalmente".
Um geoparque é um território com um patrimônio geológico, associado a uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Para ser considerado um geoparque, o local deve possuir um conjunto de sítios de importância internacional, nacional e/ou regional, que permitam contar e aprender a história geológica da região.
Fonte: DA REPORTAGEM
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