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Mato Grosso é o destino mais buscado para pesca esportiva
23 de Setembro de 2025 as 05h 19min

Mato Grosso tem sido o destino mais buscado para pesca esportiva no país nos últimos anos. Um levantamento feito pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MAPA) mostra que o estado emitiu cerca de 220.075 mil licenças de pescas e lidera o ranking entre os anos de 2021 e 2023, último dado divulgado. São Paulo e Mato Grosso do Sul aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Segundo a Secretaria Estadual de Turismo, a quantidade de licenças de pesca emitidas é a prova de que o estado reúne o maior número de pescadores. Além disso, o estado acredita que a aprovação da lei do Transporte Zero foi um fator que contribuiu para alavancar a pesca esportiva.
“Não aumentou a quantidade de peixe, o que aconteceu foi a diminuição do esforço de pesca, já que o armador da pesca levava mais do que a quantidade de peixe colocado pela lei, que era 5kg. E isso aumentou a preservação de peixe com a proibição do abate, atraindo mais turistas para experiência da pesca", explicou.
que leva as pessoas a escolher Mato Grosso para pesca? Bem, com rios abundantes, biodiversidade aquática e paisagens de tirar o fôlego, Mato Grosso se consolida como um dos principais destinos de pesca esportiva no Brasil. Vários rios que reúnem diversas espécies de peixe de água doce cortam o estado, como o Araguaia, Teles Pires, Juruena, São Lourenço, Culuene, Xingu, Cristalino e Paraguai. As bacias Amazônica, do Tocantins-Araguaia e do Paraguai são as principais responsáveis pela diversidade hídrica do estado.
Um estudo elaborado pelo Departamento de Ordenamento, Inteligência e Desenvolvimento do Turismo (Deotur) e publicado durante a Fishing Show Brazil, em São Paulo, mapeou os principais destinos e espécies associadas à pesca esportiva em todo o país, e revela potencial de um setor que movimenta 9 milhões de pescadores e gera mais de 200 mil empregos no Brasil.
Segundo um levantamento do Ministério do Turismo, 10 cidades mato-grossense são referências nessa atividade, são elas: Alta Floresta, Barão de Melgaço, Cáceres, Canarana, Cuiabá, Nova Canaã do Norte, Poconé, Pontes e Lacerda, São Félix do Araguaia e Sinop.
ESPÉCIES MAIS PROCURADAS
Entre os peixes mais cobiçados pelos pescadores estão o tucunaré, dourado, pirarucu e a traíra. Também ganham destaque espécies como pintado, pacu, jaú, pirarara, matrinchã e cachara.
Em Mato Grosso, a prática também é fortalecida por uma rede de hospedagens especializadas, campeonatos anuais e comunidades ribeirinhas que recebem turistas com hospitalidade e conhecimento local.
Conforme o Deotur, a temporada ideal vai de fevereiro a outubro, período em que as condições dos rios favorecem a prática esportiva e a observação da fauna.
O acesso às cidades pode ser feito por rodovias, rios e aeroportos regionais. Os principais são: aeroportos de Cuiabá, de Sinop e de Alta Floresta.
DESAFIOS
O consultor e auditor de Turismo de Aventura e Ecoturismo credenciado pelo Sebrae-MT, Brasilio Ataide Neto, contou que a pesca esportiva vem ganhando força no estado e começa a passar por um processo de formatação para se consolidar como produto turístico. Apesar de já existirem guias atuando, Brasilio disse que a atividade não está totalmente estruturada para ser comercializada de forma oficial.
“Mesmo sem estar em conformidade para ser colocada oficialmente no mercado, por ser um nicho muito interessante, já existe uma demanda muito boa no estado. Essas experiências acontecem, mas sem um padrão único de operação”, contou.
Conforme o consultor, os campeonatos e festivais de pesca esportiva também têm papel importante na divulgação da modalidade. Eles seguem um calendário anual em municípios com potencial para a atividade, como Cáceres e Sinop, e somam pontos para a tradicional FIP.
“Esses eventos já são de massa e movimentam bastante o turismo local, com uma organização municipal e estadual para que tudo aconteça dentro do calendário. A contratação geralmente é feita pelas redes sociais”, disse.
A PESCA ESPORTIVA
O empresário Allisson Trindade, diretor da Associação Mato-Grossense de Ecoturismo e Pesca Esportiva e dono de duas pousadas no Rio do manso e no Lago do Manso, disse que as leis ambientais como a proibição do abate do dourado e o Transporte Zero contribuíram para o aumento da população de peixes e atraiu um novo perfil de turista, mais consciente e engajado com a preservação ambiental.
“Hoje você vai ao rio e vê muito mais peixe. Isso não só melhora a experiência da pesca esportiva, mas também garante alimento para quem mais precisa, que é o ribeirinho”, disse.
Allisson destacou ainda que esse novo público consome nos hotéis, restaurantes e lojas locais, gerando um ciclo positivo de desenvolvimento. Segundo ele, o número de lojas de pesca em Cuiabá dobrou nos últimos anos, ampliando a geração de empregos.
“O turista vem para contemplar a beleza dos rios, da natureza, e só quer levar boas imagens e boas lembranças. E o melhor é que 90% dos funcionários das pousadas são de comunidades afastadas, que agora têm acesso a uma renda de qualidade”, contou.
Para Allisson, apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de capacitação para o manejo adequado dos peixes.
Fonte: DA REPORTAGEM
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