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Mato Grosso cresce no etanol de milho, apesar da queda na cana
30 de Abril de 2025 as 05h 19min

Apesar da queda na produtividade da cana-de-açúcar na safra 2024/2025, Mato Grosso segue como destaque nacional na produção de etanol. O estado se manteve como o segundo maior produtor do país, impulsionado pelo crescimento expressivo do etanol de milho, que já representa a maior parte da produção estadual.
De acordo com o 4º Levantamento da Safra 2024/25 de Cana-de-Açúcar, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área destinada à cana aumentou 6,1%, de 194,1 mil para 205,9 mil hectares. Apesar da ampliação, o clima adverso causou retração de 6,9% na produtividade, que caiu de 90.989 kg/ha para 84.719 kg/ha. A colheita totalizou 17,4 milhões de toneladas, uma queda de 1,2% em relação à safra anterior.
Mesmo com a redução da produtividade, a produção de açúcar no estado deve crescer 7,3%, atingindo 578,4 mil toneladas. A alta é atribuída à demanda internacional, que incentivou usinas a ajustar seu mix industrial.
O maior destaque, no entanto, é a performance do etanol. Segundo a Conab, Mato Grosso alcançou a marca de 6,577 bilhões de litros de etanol produzidos, crescimento de 23,7% em comparação com a safra anterior.
Desse total, 5,418 bilhões de litros vieram do milho, um salto de 28,6% frente à safra 2023/2024, que havia registrado 4,214 bilhões. Já o etanol de cana atingiu 1,159 bilhão de litros, crescimento de 5%.
O avanço consolidou Mato Grosso como líder nacional na produção de etanol à base de milho, apoiado pela expansão de usinas, modernização industrial e maior eficiência nas plantas existentes.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, afirmou que o resultado é fruto da capacidade de investimento da indústria local. "Gera emprego, renda e contribui para a matriz energética limpa que defendemos para o futuro", disse.
O levantamento da Conab apontou ainda que a produção nacional de etanol cresceu 4,4%, totalizando 37,2 bilhões de litros. O milho foi o principal responsável pela alta, enquanto a produção via cana recuou 1,1% devido às condições climáticas.
Vinicius Hideki, coordenador do Centro de Dados Econômicos do Estado, ressaltou que a colheita da cana é 100% mecanizada desde 2021/2022, refletindo o avanço tecnológico do setor sucroenergético em Mato Grosso. "Ano após ano, Mato Grosso demonstra sua capacidade de reinventar a produção energética com base em inovação e sustentabilidade", destacou Hideki.
Hoje, o estado conta com 22 usinas em operação, sendo 14 processadoras de milho, das quais 11 dedicadas exclusivamente à essa matéria-prima. O setor de biocombustível é apontado como estratégico para o futuro do Brasil, e Mato Grosso se firma como protagonista nesse cenário, combinando alta produtividade, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental.
Fonte: DA REPORTAGEM
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