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MATO GROSSO: Funcionários dos Correios decidem entrar em greve
Paralisação que iniciaria ontem vai começar apenas no dia 17 de agosto
05 de Agosto de 2020 as 07h 00min

DA REPORTAGEM
Os trabalhadores dos Correios em Mato Grosso decidiram cruzar os braços, em assembleia geral realizada na última sexta-feira (31). A greve, por tempo indeterminado, terá início às 22h do dia 17 de agosto e não mais nesta terça (4), como era esperado. Eles brigam contra o chamado ‘Pacote de Maldades’, que retirou diversos direitos da categoria.
Os trabalhadores lutam contra a privatização da empresa, por concurso público (último realizado foi em 2011) e pela manutenção do Acordo Coletivo 2019/2020.
Houve uma rediscussão no calendário nacional pela unificação das datas entre todos os 36 sindicatos dos trabalhadores nos Correios do país. Por conta disto, a data da paralisação mudou para o dia 17 de agosto.
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso e outros eram pela greve a partir do dia 4, mas foram votos vencidos. Segundo o diretor do Sindicato, Alexandre Aragão, os trabalhadores não querem greve em meio a pandemia, mas ela é “o último recurso para garantir direitos, dos trabalhadores, que estão ameaçados”.
Aragão pontua ainda que a diretoria da ECT quer eliminar 70 das 79 cláusulas do Acordo, ainda em vigência, assinado com intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no Dissidio Coletivo instaurado a pedido da própria ECT em 2019.
O diretor avalia que o único objetivo da ECT é acabar “com direitos conquistados ao longo dos anos, com uma canetada já a partir de 1º de agosto; a empresa não admite que os trabalhadores tenham direito”.
No início de julho, os trabalhadores foram surpreendidos pela decisão do general Floriano Peixoto de retirar 70 dos 79 direitos assegurados em Acordo de Trabalho, ainda em vigência, assinado com intermediação do TST no dissídio coletivo proposto pela própria empresa, ano passado. Nos próximos dias o STF julgará se a empresa será obrigada ou não a respeitar a vigência do Acordo 2019 a julho de 2021.
CAMPANHA
CONTRÁRIA
De acordo com as lideranças sindicais, para tentar vencer esta luta de derrubar direitos, a diretoria dos Correios tem promovido uma campanha maldosa, através da mídia, contra os trabalhadores alegando dentre outros pontos que vai retirar “supostos privilégios dos trabalhadores”. Na opinião do Aragão, a campanha tem objetivos bem claros: expor de maneira imprudente os trabalhadores dos Correios e colocar a opinião pública contra eles.
“Os trabalhadores não têm privilégio, os trabalhadores têm direitos conquistados com muita luta, suor e sangue", afirmou Aragão acrescentando que “a presidência da ECT faz esse discurso de desmerecer os trabalhadores para ganhar a simpatia da sociedade. Segundo ele, com a retirada dos direitos, só vai restar o salário-base que é de R$ 1,7 mil”, concluiu Aragão.
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