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MATO GROSSO: Taxa de óbito por dengue é 2 vezes maior que a nacional
Com a volta da época de chuvas, aumenta o risco de contágio da dengue, zika e chikungunya
01 de Outubro de 2019 as 08h 45min
Volta das chuvas faz atenção redobrar para risco de contágio – Foto: DivulgaçãoDA REPORTAGEM
No período de 2003 a 2019, o Brasil apresentou uma média do coeficiente de mortalidade por dengue de 3,05 por 100 mil habitantes. Em Mato Grosso, essa taxa de óbitos é de 6,19/100 mil indivíduos, nível duas vezes maior que o nacional. Os dados são da edição especial do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) - 16 anos, divulgado pelo Ministério da Saúde (MS). Com a volta da época de chuvas, aumenta o risco de contágio da dengue, zika e chikungunya.
Além de Mato Grosso, a publicação destaca ainda Goiás, Ceará, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, com médias do coeficiente de mortalidade até três vezes maior que o nacional. Segundo o MS, o documento tem como objetivo mostrar à população como a vigilância em saúde está presente no dia a dia das pessoas, extrapolando temas como dengue e sarampo.
A edição especial também busca trazer, pela primeira vez, desde 2012, quando entrou em vigor a Lei de Acesso a Informação, em publicação única, dados e análises dos principais agravos que atingiu o país nos últimos 16 anos. Entre eles, coqueluche, tuberculose, malária, Doença de Chagas, febre maculosa, influenza, doenças transmitidas por alimentos, febre amarela, leishmaniose tegumentar e visceral.
Neste ano, conforme últimos dados Secretaria de Estado de Saúde (Ses), houve um aumento de 87,5% das notificações de dengue, em Mato Grosso. Até o último dia 17 de agosto passado, foram 12.878 casos contra 6.868, em 2018.O estado conta com uma taxa de incidência de 385 casos por 100 mil habitantes, o que o deixa com alto risco para a doença. No mesmo período, três óbitos passaram a ser investigados e o município com maior registro é Sinop (516 quilômetros de Cuiabá), com taxa de 1070,1/100 mil pessoas. Já em Cuiabá, os casos de dengue reduziram de 1.283, em 2018, para 404 (-68,5%), neste ano. Em Várzea Grande também houve queda de 1.480 para 76 no mesmo período.
No país, no período de 2003 a maio de 2019, foram notificados 11.137.664 casos prováveis de dengue. Os óbitos confirmados foram 6.234. O boletim do MS revela ainda que a primeira epidemia de dengue aconteceu na década de 1980, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Posteriormente, em 1986, ocorreram epidemias no estado do Rio de Janeiro e em algumas capitais da região nordeste. A partir de então, a dengue é caracterizada por transmissão endêmica e epidêmica determinada, principalmente, pela circulação simultânea dos quatros sorotipos virais (1, 2, 3 e 4).
“A dengue contribui com significativa carga de doença, com importante impacto econômico e social nas populações de áreas endêmicas. É uma doença que afeta todos os níveis sociais, no entanto, o impacto pode ser maior nas populações mais pobres que vivem em áreas com abastecimento de água inadequado, infraestrutura precária e onde as condições de saúde são mais favoráveis para a multiplicação do seu principal vetor”, aponta o documento. Para conter o avanço, em 2002, foi instituído o Programa Nacional de Controle da Dengue, para apoio aos estados e municípios nas ações de prevenção e controle da doença.
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