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Mensurar o impacto da Cigarrinha-africana vai demandar estudos
22 de Setembro de 2023 as 05h 57min

Lá fora ela já é velha conhecida, mas por aqui ainda é novidade. O primeiro caso registrado no Brasil da Cigarrinha-africana, Leptodelphax maculigera, foi este ano em Goiás, seguido pelo Rio Grande do Sul e mais recentemente confirmado também no Paraná.
Mas, segundo o entomologista da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Glauber Stürmer, é só uma questão de tempo para a praga ser oficialmente encontrada nas principais regiões produtoras de milho.
Diferente da “prima”, Dalbulus maidis, conhecida como Cigarrinha-do-milho, esta espécie possui potencial de dano e número de exemplares menores. Contudo, conforme o próprio pesquisador relata, será preciso estudo e pesquisa para mensurar o seu real potencial de infestação e prejuízos.
Essa cigarrinha, como o próprio nome já diz, tem origem em ilhas do continente Africano, e conforme relatado lá fora, também pode transmitir o complexo de enfezamento com incubação de vírus e bactérias.
“Morfologicamente são três as diferenças de uma cigarrinha para outra. Até o momento presumimos que potencial de danos também seja parecido”, relata o especialista. Em outros países a Cigarrinha-africana é bastante problemática em gramíneas, principalmente capim. Em Goiás, já está presente em sorgo, capim-elefante e até no feijão. “Então, o que nos preocupa um pouco mais é essa característica de infestação em diferentes plantas”, aponta Stürmer.
Para o entomologista, esta é mais uma praga do sistema que veio para ficar. Dessa forma, é fundamental monitorar, gerar informações de manejo, entender hospedeiros e seu comportamento, além da biologia. “Todas essas características são os próximos desafios para poder começar a responder aos questionamentos”, completa.
FERRAMENTAS DE MANEJO
De acordo com o entomologista, basicamente, hoje as ferramentas de manejo para as cigarrinhas estão alicerçadas em tolerância genética dos híbridos de milho, manejo químico e biológico e a integração de algumas outras táticas.
“Por exemplo, sincronização no processo de semeadura, a redução de ponte verde na questão de milho tiguera, que emerge involuntariamente. Todos esses aspectos devem ser preconizados, porque não existe uma solução única e sim a integração de ações. Mesmo o controle químico, tem uma performance baixa para o controle dessas espécies”, alerta.
É nesse aspecto que algumas empresas estão na busca por ferramentas que possam integrar esse “plano de ataque”. A agtech Tarvos, por exemplo, disponibiliza ao produtor e ao setor, um equipamento de monitoramento que atrai e captura a cigarrinha do milho.
Essas armadilhas inteligentes atraem os insetos com uso de feromônio ou luz, além disso, contam com uma câmera que faz o registro diário dos insetos capturados e transmite os dados via satélite. Os algoritmos de reconhecimento de imagem permitem o monitoramento em tempo real e on-line, medindo a dinâmica populacional de forma constante e simultânea.
“As imagens coletadas são processadas na própria armadilha, transformadas em relatórios e enviadas para os tomadores de decisão em vários formatos, sendo mais analitico e como alerta via WhatsApp. Esses dados são usados para análises e tomadas de decisões para o melhor momento de entrada com defensivos biológicos e/ou químicos”, diz Carolina Suffi, diretora de Marketing e Negócios Estratégicos da Tarvos.
A tecnologia da agtech está sendo testada por Stürmer no RS para o manejo da Cigarrinha-do-milho. No caso da africana, os algoritmos da ferramenta já estão sendo treinados para reconhecer a praga e conforme adiantou o entomologista, tão logo a população dela aumente, a armadilha também poderá ser utilizada para sua identificação.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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