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MT lidera ações contra crimes ambientais
26 de Julho de 2025 as 04h 23min

Entre 2019 e 2024, o Governo de Mato Grosso emitiu mais de 20 mil autos de infração por crimes ambientais, entre eles desmatamento ilegal, exploração não autorizada e incêndios florestais. No total, 1.932.943 hectares foram embargados no período. Os dados foram apresentados nesta semana pela secretária de Meio Ambiente do estado, Mauren Lazzaretti, durante a III Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC), realizada em São Paulo.
De acordo com a gestora, Mato Grosso tem registrado uma das maiores taxas de fiscalização entre os estados da Amazônia Legal. A média das ações que resultaram em autuações ou autorizações em áreas desmatadas chegou a 87% nos últimos quatro anos. O índice é superior à média nacional, estimada em 54%, segundo dados do projeto MapBiomas.
As ações de fiscalização fazem parte da estratégia de descarbonização do estado, cuja principal fonte de emissão de gases de efeito estufa é a mudança do uso do solo, especialmente em áreas de floresta. O tema foi discutido no painel “Redução do desmatamento e ação climática: compromissos e resultados”, do qual a secretária participou.
Lazzaretti também apresentou dados sobre a produtividade da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) nos últimos anos. De 2018 a 2021, o aumento da produtividade da pasta chegou a 660%. Em números absolutos, foram 3.804 ações de fiscalização em 2022, contra 4.792 em 2024, com destaque para o uso de tecnologia de satélite no monitoramento.
A atuação da Sema foi reconhecida com o primeiro lugar no Prêmio Brasil Mais, concedido pelo governo federal a boas práticas em gestão ambiental. Um dos diferenciais apontados foi a adoção de imagens e alertas do satélite Planet, utilizados para identificar e autuar infrações em tempo real.
A conferência em São Paulo reúne representantes de diferentes setores para debater estratégias de enfrentamento à crise climática. O evento tem dois blocos principais: “Multisetorialidade e Ambição Climática”, realizado na terça-feira, e “Oportunidades e Caminhos para Implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)”, previsto para o dia 23 de julho.
A diretora-executiva da Aliança Brasil NBS, Julie Messias, destacou o papel do Brasil no cenário internacional e a importância da COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA). Segundo ela, a CBCC tem como meta construir um ambiente de diálogo plural e qualificado para discutir a regulamentação do mercado de carbono no país.
A Aliança Brasil NBS é uma organização sem fins lucrativos que atua no fortalecimento de soluções baseadas na natureza (Nature-Based Solutions). A instituição busca integrar práticas sustentáveis às políticas públicas e estratégias empresariais voltadas à mitigação das mudanças climáticas.
Fonte: DA REPORTAGEM
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