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MT reforça ações contra gripe aviária em granjas
21 de Maio de 2025 as 04h 46min

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) intensificou as ações de fiscalização e monitoramento sanitário após a confirmação de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial de Montenegro/RS. A informação foi divulgada na quinta (15) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e acendeu alerta em estados com produção relevante de aves, como Mato Grosso.
Em resposta, o Indea anunciou o aumento no número de inspeções em propriedades com criações de fundo de quintal e em granjas comerciais, com foco na prevenção da entrada do vírus no território mato-grossense. A doença, altamente contagiosa, pode afetar severamente a avicultura comercial e comprometer as exportações brasileiras.
Segundo o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, as ações incluem a ampliação da coleta de amostras de secreções de aves domésticas, como galinhas, patos, perus e gansos, além do reforço na fiscalização de barreiras sanitárias e no controle de veículos vindos da região Sul.
“Temos 262 médicos veterinários oficiais treinados para atender casos suspeitos de doenças com potencial risco à produção. A entrada de veículos transportando produtos ou animais da região onde houve foco confirmado será monitorada com ainda mais rigor”, afirmou Tomazele.
Mato Grosso não possui registros de gripe aviária até o momento, mas, por fazer fronteira com países como a Bolívia — onde houve confirmação da doença em 2023 —, o Estado adotou desde então uma política de vigilância permanente com ações preventivas e orientações aos produtores.
Entre janeiro de 2024 e abril de 2025, o Indea realizou 15.767 atividades de vigilância com base em critérios de risco. O balanço da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal do instituto mostra ainda que foram feitas 54 visitas a granjas comerciais e 53 a propriedades com aves de subsistência, além da coleta de milhares de amostras.
Ao todo, em granjas comerciais, foram coletadas 2.134 amostras com suabes (cotonetes) e 1.067 amostras de soro sanguíneo. Já nas criações de subsistência, os números somam 1.166 suabes e 583 amostras de soro. As coletas seguem protocolos estabelecidos pelo Mapa e visam o diagnóstico precoce da doença.
Tomazele reforça que a população não deve temer o consumo de carne de frango ou ovos, pois os produtos passam por inspeções rigorosas e seguem padrões sanitários exigidos tanto no mercado interno quanto nas exportações. “Os alimentos à venda são seguros. O sistema de controle garante a sanidade dos produtos”, assegurou.
Mato Grosso possui um plantel de 37,2 milhões de aves comerciais. Os municípios com maior produção são Nova Mutum, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde. O Estado ocupa a 8ª posição no ranking nacional de exportadores de carne de frango e a 4ª colocação entre os maiores exportadores de ovos do país.
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos devidamente preparados. No entanto, a presença do vírus em plantéis comerciais acarreta sérios prejuízos econômicos, incluindo embargos internacionais e abate sanitário de aves. Por isso, o monitoramento precoce e a atuação coordenada entre estados e o governo federal são cruciais para manter o Brasil livre da doença.
Fonte: CLEMERSON SM
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