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Quinta Feira, 25 de Abril de 2024

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NÃO PERCA SEU TEMPO! Passageiro Acidental parece precisar de uma boa alma

Filme é ruim, mas se quiser arriscar, boa sorte!

21 de Maio de 2021 as 15h 02min

Foto: Divulgação

DA REPORTAGEM

 

Depois de episódios de séries nas décadas de 1950, 1960 e 1980, foi lançado, em 1996, um filme para TV chamado The Cold Equations (de Peter Geiger). Naquele filme, um homem é enviado em uma missão especial e, por acidente, descobre uma clandestina na nave quando já é tarde demais. Em 2011, uma produção com o mesmo título e a mesma história estreou nos cinemas, mas sem créditos oficiais à anterior (ou às outras). Mais 10 anos e surge “Passageiro Acidental”, com uma nova roupagem, mais personagens, mas ideia semelhante.

É verdade que o filme não chega a ser um plágio. Existe uma máquina interna guiada por diálogos que separam a produção atual das anteriores.

Acontece que Passageiro Acidental é dirigido com tentativas iniciais de inserir o espectador dentro da nave. Isso, ao menos inconscientemente, pode ficar claro quando, ao entrar em contato com a Terra, somente a comandante e a dupla de tripulantes escutam o que é dito. Quem assiste fica completamente à mercê. Narrativamente, não encontra força nas imagens.

O trabalho de Penna parece ir na contramão até do que é dito pelos personagens. Ao mesmo tempo em que se comenta sobre o tamanho da nave, que é pequena e feita para somente duas pessoas, o diretor escolhe planos que mostram corredores compridos, salas razoáveis...

Ainda, o grau de previsibilidade de Passageiro Acidental é quase estranho demais. Cada adversidade é anunciada de algum modo: seja a tempestade solar — que é mencionada antes por Marina (Toni Collette); seja a entrega final de Zoe) que é justificada pela fraqueza aos giros de David).

O elenco, comandado por Collette, é competente o suficiente para camuflar muitas das escolhas de Penna. O menos conhecido Shamier Anderson (Michael) é uma grata surpresa e não tem problema algum em contracenar intensamente com os colegas. Pelo contrário: é de sua atuação que surgem as melhores dualidades — algo que, aparentemente, não foi construído pela direção.

Enquanto isso, apesar de parecer impossível alguém embarcar clandestinamente — por acidente ou não — em uma missão tão minuciosa quanto a que é acompanhada, talvez fique clara a riqueza de especificidades técnicas do filme. Nesse caso, a consciência científica da produção parece estar em dia, o que poderia ajudar a inserir o espectador naquele universo.

Mas não... Infelizmente, pouco é dito sobre os quatro personagens para além de Yale, Harvard e a vida de estudos dedicados. Talvez Michael seja o mais capaz de criar ligações com o público, tanto pela interpretação de Anderson quanto por ser quem tem a história anterior aos minutos do filme mais explorada em camadas humanas. Essa ligação é a mais emotiva em meio à boa ciência exata de Passageiro Acidental. Uma pena, portanto, que tudo acabe com um ritmo descompassado, abrupto, incoerente com a tentativa poética do sacrifício de Zoe.

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