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Segunda Feira, 17 de Novembro de 2025

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NASA criou o açúcar sem calorias, mas por que ele nunca chegou ao mercado?

02 de Outubro de 2025 as 12h 13min

O açúcar é parte fundamental da alimentação humana há séculos, mas também está no centro de debates sobre saúde pública. Cada grama do tipo comum tem cerca de 4 calorias, e seu consumo em excesso está diretamente relacionado a doenças como obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina, hipertensão e até problemas cardíacos.

Por isso, pesquisadores do mundo todo estão em busca de alternativas que mantenham o sabor doce sem os efeitos nocivos das calorias.

Uma das histórias mais curiosas tem a ver com a NASA, que teria desenvolvido, ou viabilizado por meio de tecnologias associadas a seu programa espacial, um açúcar sem calorias. A ideia parecia revolucionária, mantendo as características do açúcar tradicional, incluindo sabor e textura, mas sem o impacto calórico e metabólico.

O produto, conhecido como tagatose, surgiu em pesquisas financiadas e impulsionadas pelo programa de transferência de tecnologia da agência, o Spinoff.

A iniciativa tem como objetivo adaptar descobertas feitas para o espaço a aplicações do dia a dia, e já foi responsável por inovações em setores como saúde, engenharia e alimentos. Porém, se esse açúcar realmente existiu e foi considerado seguro, por que nunca chegou nas prateleiras dos supermercados? Descubra tudo na matéria a seguir.

O açúcar comum, como a sacarose, é rapidamente quebrado pelo organismo em glicose e frutose, que entram na corrente sanguínea e fornecem energia rápida para o funcionamento das células. Esse fornecimento rápido de calorias é útil em situações de esforço físico intenso, mas no dia a dia, quando o gasto energético não é proporcional, o excesso de glicose é transformado em gordura e armazenado.

Esse é um dos motivos que fazem o açúcar ser considerado um vilão moderno, pois apesar de ser prazeroso ao paladar, seu consumo em excesso está fortemente ligado ao aumento de peso e às doenças metabólicas.

Em tempos antigos, alimentos açucarados eram raros e forneciam energia imediata, aumentando as chances de sobrevivência, o que fazia sentido na época. Mas hoje, vivemos em um cenário com grande quantidade de açúcares refinados, que estão presentes em doces e sobremesas, alimentos ultraprocessados, bebidas, molhos e até produtos salgados.

Isso criou um desequilíbrio entre o que o corpo está preparado para receber e o que de fato consome diariamente. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os açúcares livres não ultrapassem 10% das calorias diárias, mas a média de consumo global costuma exceder esse valor.

Por conta dessa preocupação crescente, surgiu um alto interesse por alternativas ao açúcar tradicional. Em seus programas de pesquisa, a NASA estudava substâncias capazes de substituir o açúcar sem trazer os mesmos efeitos calóricos.

Entre os compostos analisados estava o tagatose, um açúcar raro encontrado em pequenas quantidades em alguns laticínios e frutas. O tagatose pareceia ser a solução perfeita, por ter um sabor semelhante ao da sacarose e um poder adoçante próximo de 90% em relação ao açúcar comum.

Assim, ele adoça de forma bem semelhante ao açúcar, mas com apenas cerca de 1,5 calorias por grama, muito menos do que as 4 calorias da sacarose.

O desenvolvimento do tagatose surgiu como parte de pesquisas de biotecnologia associadas ao programa espacial, já que substâncias estáveis, seguras e de baixo impacto metabólico são úteis em missões de longa duração.

A molécula é um isômero da galactose e passa pelo organismo de forma diferente do açúcar comum, sendo que apenas cerca de 20% é absorvido no intestino delgado e metabolizado pelo corpo, enquanto o restante segue para o cólon, onde pode ser fermentado pelas bactérias intestinais. Isso explica por que sua carga calórica é tão baixa e por que ele tem um efeito glicêmico reduzido, sendo considerado promissor para pessoas com diabetes.

Comparado à sacarose, o tagatose tem vantagens adicionais, pois além de não causar picos de glicose no sangue, ele não contribui para o desenvolvimento de cáries, já que não serve de alimento para as bactérias que atacam os dentes.

Estudos também mostram que ele pode até mesmo estimular o crescimento de bactérias benéficas no intestino, funcionando como um prebiótico. Essas características, em teoria, poderiam colocar o tagatose como um substituto muito mais saudável do que adoçantes artificiais de alta intensidade, como aspartame ou sucralose, que não agregam textura nem funções culinárias semelhantes às do açúcar.

Fonte: DA REPORTAGEM

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