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Novo sistema da Receita deve superar o Pix em volume
26 de Setembro de 2025 as 14h 21min

A Receita Federal está desenvolvendo um novo sistema de pagamentos que promete transformar a forma de arrecadação no país. A plataforma, que deve movimentar um volume 150 vezes maior que o Pix, será responsável por operacionalizar a cobrança dos novos tributos da reforma tributária — a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, federal) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, estadual e municipal).
Segundo a Receita, a solução deverá processar cerca de 70 bilhões de documentos eletrônicos por ano, contra os 24 bilhões de transações do Pix em 2023. A diferença está na complexidade: enquanto o Pix registra apenas remetente, destinatário e valor, cada nota fiscal eletrônica contém dezenas de informações, como produtos, créditos tributários e dados do emissor.
O sistema contará ainda com dois mecanismos inéditos: Split payment, que fará a separação automática dos impostos de cada transação, repassando as parcelas devidas diretamente à União, estados e municípios; Cashback tributário, que devolverá parte do imposto pago por famílias de baixa renda, ampliando o alcance social da reforma.
Apesar do avanço tecnológico, o setor empresarial acompanha a novidade com cautela. Para a advogada tributarista Larissa Milk, a iniciativa pode reduzir a burocracia e facilitar o cumprimento das obrigações fiscais, mas exige atenção à adaptação das empresas. “O sistema pode ser um divisor de águas no relacionamento entre empresas e Receita Federal, trazendo mais eficiência e transparência. Porém, é essencial que a transição seja feita de forma cuidadosa, para não sobrecarregar especialmente os pequenos negócios”, avalia.
Ela acrescenta que a centralização das informações em uma única plataforma pode melhorar a fiscalização e reduzir a sonegação, mas também aumenta a responsabilidade dos contribuintes. “As empresas precisam estar preparadas para essa transformação digital. Aquelas que investirem em compliance e tecnologia sairão na frente”, conclui Milk.
Ainda em fase de desenvolvimento, o sistema passará por testes com empresas em 2025. Em 2026, funcionará com alíquota simbólica, ainda compensada, e entrará em operação plena de forma escalonada até 2032, acompanhando o período de transição da reforma tributária.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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