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Objeto recém-detectado é um cometa interestelar
03 de Julho de 2025 as 19h 38min

Na noite de quarta (2), a natureza interestelar do objeto A11pl3Z foi confirmada. E mais: trata-se de um cometa, agora designado C/2025 N1 (ATLAS). Com isso, ele se torna o terceiro corpo celeste de origem externa já observado passando pelo Sistema Solar, depois do asteroide ‘Oumuamua, descoberto em 2017, e do também cometa Borisov, em 2019.
Também chamado de 3I/ATLAS, com o “3I” significando “terceiro interestelar”, esse objeto foi observado na terça (1º) pelo Deep Random Survey, um grupo de astrônomos amadores no Chile. Depois, cientistas encontraram registros anteriores, mostrando que ele já havia sido captado em 14 de junho pelo Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS, na sigla em inglês), da NASA, que monitora objetos que possam representar risco de colisão com o nosso planeta.
“Há um novo cometa interestelar na vizinhança!”, diz uma publicação no perfil oficial do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência no X. “Denominado 3I/ATLAS, este cometa não representa uma ameaça para a Terra – mas oferece uma rara oportunidade de estudar um objeto que se originou fora do nosso Sistema Solar”.
Análises iniciais apontam que o objeto tem cerca de 20 km de largura e viaja a uma velocidade de aproximadamente 66 km/s. Com a força gravitacional do Sol, ele deve acelerar ainda mais. A previsão é que atinja o ponto mais próximo do Sol em outubro, passando a cerca de duas vezes a distância entre a Terra e a estrela. Depois disso, seguirá seu caminho para fora do Sistema Solar.
Atualmente, o novo cometa interestelar está dentro da órbita de Júpiter, mas quase no lado oposto ao Sol, longe da influência gravitacional do planeta.
O cometa, quando ainda estava sendo chamado de A11pl3Z, registrado pelo Deep Random Survey, no Chile. Como o telescópio está acompanhando o movimento do objeto, as estrelas aparecem deslocadas e alongadas nas imagens feitas com exposições de 600 segundos.
O grande diferencial desse objeto é sua excentricidade orbital, uma medida que indica o quão alongada é sua órbita. Corpos que orbitam o Sol têm excentricidade entre 0 e quase 1. Valores acima de 1 confirmam que o objeto veio de fora do Sistema Solar e não retornará. Enquanto o famoso ‘Oumuamua tinha excentricidade de 1,20, o cometa C/2025 N1 (ATLAS) apresenta um valor estimado em torno de 6, o que significa que é o objeto interestelar mais extremo de que se tem notícia.
Por enquanto, ele está fraco demais para ser observado por telescópios amadores, mas deve ficar mais visível nas próximas semanas. Infelizmente, a maior aproximação ocorrerá quando a Terra estiver mal posicionada para observá-lo, do outro lado do Sol.
Fonte: DA REPORTAGEM
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