Noticias
Onças-pintadas impulsionam turismo no Pantanal em MT
Observação do maior felino das Américas, às margens de rios, atrai centenas de visitantes
15 de Junho de 2019 as 00h 00min

DA REPORTAGEM
Enquanto nos safáris da África o leão tem o título de rei da selva, no Pantanal mato-grossense o trono é ocupado por outro animal: a onça-pintada. Admirada e, ao mesmo tempo, temida, ela pode chegar a pesar 135 kg e vive a poucos km das grandes cidades.
O animal tem ganhado destaque no ecoturismo e se tornado o preferido dos estrangeiros que visitam Mato Grosso. O turismo de observação de onças-pintadas tem aumentado nos últimos 15 anos no estado. Os visitantes observam o animal de longe durante passeios de barco em rios do Pantanal.
Especialistas dizem que o animal, considerado o maior felino das Américas, tem se acostumado e tolerado a presença do ser humano. A onça-pintada está no topo da cadeia alimentar e precisa de grandes áreas preservadas para sobreviver. Histórias sobre onças-pintadas habitam no imaginário de pescadores ribeirinhos e moradores da região do Pantanal em Mato Grosso.
O animal é conhecido pela grande força muscular e uma potência na mordida, considerada a maior dentre os felinos no mundo. Dois locais em Mato Grosso são os principais para a prática de observar esse carismático animal. Um deles fica na Estação Ecológica de Taiamã, localizada em Cáceres.
A estação tem uma grande variedade de ambientes aquáticos – como lagoas permanentes, temporárias e lagoas de corixos, fortemente influenciada pelo Rio Paraguai.
O segundo local é o Parque Estadual 'Encontro das Águas', localizado no encontro dos rios Cuiabá e Piquiri, na região de Porto Jofre, entre Poconé e Barão de Melgaço. A reserva tem 108 mil hectares e se pode ver a exuberância do Pantanal bem de perto.
“O público é estrangeiro e é um turismo caro. As diárias ultrapassam a R$ 500. Os passeios não são baratos por conta da logística e custo operacional. O público é 90% estrangeiro, principalmente norte-americano e europeu”, disse Fernando Tortato, biólogo e pesquisador do Instituto Panthera, que trabalha com onças no Pantanal.
O melhor período para observar a onça é entre julho e final de setembro, período da seca. Nesses meses as onças ficam mais próximas das margens dos rios em busca de água e caça, então, é mais fácil de se deparar com o animal.
A porta de acesso à região pantaneira em Mato Grosso é pela Transpantaneira (MT-060), que corta o Pantanal mato-grossense ligando Poconé ao Distrito de Porto Jofre. A via possui cerca de 150 km de extensão e passa por várias pousadas ao longo da estrada.
O acesso é condicionado à época da cheia. O trânsito pelas estradas fica limitado no período da chuva. “A exploração do turismo de onças-pintadas aumentou nos últimos 15 anos. Tanto que a população de onças começou a se acostumar com a presença de barcos e pessoas. Ela deixou de fugir ou evitar a presença humana e simplesmente ignora a presença dos barcos no rio. As pessoas começaram a contemplar a presença das onças no rio”, comentou Tortato.
De acordo com o biólogo, até mesmo os filhotes de onças-pintadas já não enxergam mais o ser humano como uma ameaça. “Isso possibilita a atividade de turismo, que vem crescendo mundialmente ano após ano. Vem gente do mundo inteiro e equipes de televisões internacionais. É uma das regiões mais importantes para desenvolvimento e turismo de onças no mundo”, declarou Tortato.
Veja Mais
Receita já recebeu mais de 1,5 milhão de declarações do IR
Publicado em 19 de Março de 2025 ás 18h 50min
Colisão grave entre carro e carreta deixa mortos e feridos na BR-158 em Água Boa
Publicado em 19 de Março de 2025 ás 16h 48min
Associação de bares e restaurantes adere ao programa Vigia Mais MT
Publicado em 19 de Março de 2025 ás 14h 27min