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Os Vingadores - 10 anos: como o filme mudou o cinema (para melhor e para pior)

01 de Maio de 2022 as 13h 26min

Lançado no Brasil em 26 de abril de 2012, Os Vingadores completa 10 anos em 2022. O longa, que reuniu pela primeira vez Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner e Mark Ruffalo, bateu US$ 1,5 bilhão na bilheteria mundial e transformou a forma como grandes franquias cinematográficas são tocadas em Hollywood.

Marco na indústria, o filme solidificou o MCU como uma potência cinematográfica e abriu as portas para que estúdios procurassem investir ainda mais em adaptações inspiradas em super-heróis dos quadrinhos.

É importante lembrar que, quando o MCU começou, em 2008, os principais personagens da Marvel não estavam sob o controle do Marvel Studios. Na época, os X-Men e o Quarteto Fantástico, as duas maiores equipes da Casa das Ideias, tinham seus direitos atrelados à Fox, enquanto o Homem-Aranha, historicamente o personagem que mais vendia gibis pelo selo, estava com a Sony.

O sucesso do Homem de Ferro - bem como o de Downey Jr. como Tony Stark - incentivou a indústria a explorar personagens considerados secundários. Na Marvel, os exemplos são óbvios: além de filmes estrelados por Guardiões da Galáxia, Pantera Negra e Doutor Estranho, considerados personagens mais nichados dentro da editora, vimos também o surgimento de séries de Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro, que completaram o elenco de heróis adaptados pela Netflix ao lado do Demolidor e do Justiceiro.

A rival DC também se aproveitou dessa maior abertura do mercado e começou a planejar seu próprio universo compartilhado. Hoje, a Warner já lançou filmes do Esquadrão Suicida, das Aves de Rapina e do Shazam!, construindo um DCEU que, apesar de trazer um único universo compartilhado, permite que cineastas e atores brinquem com vários tons, histórias e públicos diferentes.

E se Marvel e DC tiveram suas bibliotecas exploradas por Disney e Warner, outras histórias igualmente ricas passaram a receber atenção de outros estúdios. De 2012 para cá vimos filmes como The Old Guard, Bloodshot, Dredd, Snowpiercer, Resgate e Kingsman, além de séries como Riverdale, I’m Not Okay With This, The Umbrella Academy, Happy!, Deadly Class e O Mundo Sombrio de Sabrina.

A fome do público por histórias cada vez maiores de heróis diferentes também permitiu que os estúdios procurassem trazer personagens além do homem heterossxual branco às telonas. O primeiro grande passo nesse quesito, no entanto, não foi dado pela Marvel, mas pela DC, que tomou a decisão certeira de usar a Mulher-Maravilha e a Arlequina como dois de seus principais destaques nos cinemas, deixando claro de uma vez por todas o apelo comercial que a representatividade traz para produções cinematográficas.

Se hoje esperamos por adaptações de Adão Negro, Ms. Marvel, Besouro Azul e Batgirl, é porque Os Vingadores sacramentaram o interesse da indústria nas histórias em quadrinhos, que então foi elevado a novos patamares com Mulher-Maravilha e, em certos aspectos, Esquadrão Suicida.

PONTOS NEGATIVOS

Mesmo com os inúmeros impactos positivos que Os Vingadores teve para os filmes de quadrinhos, é preciso lembrar que o longa também causou alguns problemas até o momento irreparáveis à forma como blockbusters têm sido planejados. O primeiro, por incrível que pareça, é econômico.

A marca impressionante de US$ 1 bilhão ultrapassada pela produção se tornou, por alguma razão, o padrão esperado por fãs e estúdios, que veem na cifra um equivalente de sucesso e qualidade, com produtores mais preocupados em atingir o mesmo número nas bilheterias do que em entregar um filme coeso.

Aliás, uma crítica recente que tem dominado as redes sociais é de que o MCU parou de produzir filmes isolados e tem se preocupado mais em preparar o terreno para histórias futuras do que em contar uma no presente, alienando muitos espectadores.

Na DC, a influência foi ainda pior: a pressa da Warner em montar um universo cinematográfico interligado levou à produção apressada de Liga da Justiça, que precisaria apresentar Flash (Ezra Miller), Ciborgue (Ray Fisher) e Aquaman (Jason Momoa) antes mesmo de eles terem filmes solo. Além disso, Zack Snyder, que comandou Homem de Aço e Batman v Superman e estava encarregado de dirigir o filme da Liga, viu seus planos de narrar um arco fechado e finito para o Clark Kent de Henry Cavill irem por água abaixo em uma das trocas de diretor mais polêmicas da história do cinema.

Usando uma tragédia pessoal do cineasta como razão para seu afastamento, a Warner o substituiu por Joss Whedon - justamente o diretor de Os Vingadores -, que reescreveu Liga da Justiça e entregou um produto final feio, bagunçado e sem vida. A mesma coisa aconteceu um ano antes, com Esquadrão Suicida, cujo corte final em nada lembrava o filme que Margot Robbie, Will Smith, Jared Leto e David Ayer vinham vendendo na turnê de divulgação.

Essa ganância dos estúdios, inclusive, “contaminou” os fãs, que passaram a acreditar que, a não ser que um filme quebre a marca do bilhão nas bilheterias, ele é um fracasso. Por causa de sua recepção divisiva na época que estreou, Batman v Superman é muitas vezes citado como uma decepção financeira, algo que não tem qualquer base na realidade, já que o longa de Snyder arrecadou US$872,7 milhões - valor maior que todos os filmes da Fase 1 do MCU. Da mesma forma, os US$708 milhões conquistados por O Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro foram considerados baixos pela Sony, que decidiu recomeçar a história do Teioso com o apoio do Marvel Studios.

Fonte: DA REPORTAGEM - Omelete

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