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Pandemia trouxe maior preocupação com alimentação saudável
28 de Dezembro de 2022 as 06h 09min

Uma pesquisa, realizada com agricultores e consumidores de alimentos agroecológicos na cidade de São Paulo, durante a pandemia da Covid-19, mostrou que houve mudanças na relação entre consumidores e seus fornecedores e nos valores compartilhados entre eles.
A busca foi maior por alimentos mais saudáveis. Além disso, também houve uma maior valorização na proximidade com os produtores, em contraposição à impessoalidade que existe na relação com supermercados.
A avaliação, que contou com a contribuição de uma cooperativa de agricultores orgânicos sediada em São Paulo, evidenciou a urgência da transformação dos sistemas alimentares em direção a práticas mais sustentáveis na agricultura.
O estudo buscou compreender se a pandemia provocou mudanças qualitativas na relação de proximidade e nos valores compartilhados entre agricultores e consumidores nas redes de alimentos orgânicos da cidade.
Além disso, analisou os impactos sociais e os caminhos escolhidos para o estabelecimento dessa proximidade. A pesquisa obteve o perfil dos que buscam esses alimentos por meio de redes alternativas, as mudanças dos hábitos alimentares durante esse período e as motivações que os fazem optar por esse tipo de consumo.
“Detectamos que a pandemia gerou mudanças do ponto de vista sociocultural. Também percebemos que a organização em redes alimentares alternativas tem potencial para redefinir as relações de produção e consumo, fortalecer os mercados locais e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento de novos valores ou princípios de troca ou comercialização. Isto feito com preços justos, equidade nas relações, ética e valorização do trabalho no campo”, explica Natália Cheung em sua dissertação de mestrado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
De acordo com Cheung, depois dos meses mais críticos, o processo de reconexão entre consumidores e seus fornecedores mostrou que a pandemia foi um ponto fundamental para trazer mais consciência sobre a importância da alimentação saudável, sob a perspectiva da agroecologia e da relação com a preservação da vida no planeta.
INSEGURANÇA ALIMENTAR
Atualmente, um dos interesses pelo tema dessa pesquisa ocorre devido ao aumento da insegurança alimentar cada vez mais presente. Estima-se que haja algum tipo de insegurança alimentar em mais de 58% dos lares brasileiros. O número representa cerca de 125,2 milhões de pessoas que não possuem acesso pleno e permanente a alimentos.
Dessas, estima-se que 33,1 milhões (15,5% da população) sofrem com insegurança alimentar em sua forma mais grave. Essas, não têm o que comer e convivem diariamente com a fome. Os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). Isso representa um aumento de 73% em relação ao ano de 2021, isto é, novos 14 milhões de brasileiros em situação de fome.
Por outro lado, como explica Lucimar Abreu, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, orientadora de Cheung, quem manteve sua renda, passou a se preocupar mais com uma alimentação nutritiva para fortalecer o sistema imunológico e a saúde, motivadas também por campanhas para incentivar o pequeno comércio e produtores locais.
Fonte: DA REPORTAGEM
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