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Mato Grosso, 28 de Março de 2024

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PECUÁRIA: Primeiro semestre será difícil para cadeia da carne bovina

custos elevados, oferta escassa e queda do consumo no mercado interno

19 de Março de 2021 as 10h 30min

Foto: Divulgação

DA REPORTAGEM

 

É com base no atual cenário da atividade que o setor pede cautela com os próximos meses. Os frigoríficos instalados em Mato Grosso viram o número de abates recuar 18% no primeiro bimestre deste ano. Pouco menos de 718 mil cabeças foram abatidas, contra quase 880 mil nos dois primeiros meses do ano passado. Reflexo direto da menor oferta de animais prontos, o que também manteve os custos elevados para as indústrias. Além de gastar mais, outro problema é a queda do consumo interno e também das exportações, que encolheram aproximadamente 7% na comparação com o volume embarcado entre janeiro e fevereiro de 2020.

“Os principais riscos que a gente observa no primeiro semestre em relação à produção de carne bovina é uma perda na rentabilidade para todos os segmentos (produtor e indústria), basicamente porque o consumo interno corresponde a uma fatia muito grande do mercado. Então, à medida em que nós não tenhamos o auxílio emergencial renovado a partir de abril, ou o aumento das exportações, com certeza a gente vai ter uma oferta um pouco maior de carne no mercado que não vai ser absorvida pelo mercado doméstico, e isso vai fazer com o que o preço pago ao produtor e o preço recebido pela indústria, se desvalorizem”, avalia o diretor de operações o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade.

Andrade reforça que, em fevereiro, a diferença entre o preço médio recebido no atacado pelos frigoríficos no estado e o valor pago pela indústria ao pecuarista foi de -1,44%. “Isso mostra que as indústrias têm trabalhado no vermelho neste primeiro bimestre de 2021”, explica.

O momento de apreensão é confirmado pelo Sindicato que representa os frigoríficos em Mato Grosso (Sindifrigo-MT), que também projeta um primeiro semestre mais difícil para o setor. “Esse ‘lockdown’ praticamente nacional tem reduzido muito o consumo. Alguns cortes nobres, cortes de churrasco – por exemplo – estão ficando vencidos nos nossos estoques, dentro das indústrias. Realmente isso nos preocupa muito. A falta de matéria-prima elevou bastante o custo da arroba e esse custo nós não conseguimos repassar para o consumidor final. Então, há um desequilíbrio momentâneo que nós esperamos que seja breve, porque é a saúde financeira das indústrias. O momento é delicado”, afirma o presidente do Sindifrigo-MT, Tadeu Paulo Bellincanta.

Apesar da preocupação, o setor está confiante de que as dificuldades vão ser passageiras e já conhece o caminho para isso. “Há que se equilibrar com um retorno do poder aquisitivo, e nós queríamos que isso acontecesse com o crescimento econômico do país. Ainda que seja necessária esta ajuda que está vindo em boa hora, do retorno do auxílio emergencial, a gente sabe que isso não é uma solução para o resto da vida. Então nós temos que ter a devida paciência, trabalhar o momento com o que tem que ser trabalhado e aguardar”, aponta Bellincanta.

O diretor de operações do Imac completa o raciocínio. “Basicamente as indústrias devem se preparar e começar a procurar mais opções para que a gente consiga escoar esta carne para outros países, aumentando assim as exportações e melhorando os nossos números em relação ao que a gente observou neste primeiro bimestre. O auxílio emergencial, que pode ser iniciado a partir de abril, vai dar um gás nesse consumo interno e aí a gente pode conseguir escoar um pouco mais de carne no mercado interno”, conclui.

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