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Pedidos de RJ no agro crescem quase 32% no segundo trimestre de 2025
01 de Outubro de 2025 as 05h 44min

O setor agropecuário brasileiro registrou 565 solicitações de Recuperação Judicial (RJ) no segundo trimestre de 2025, um aumento de 31,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 429 pedidos, segundo o indicador de Recuperação Judicial Agro da Serasa Experian. Os números incluem produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e empresas ligadas ao agronegócio.
Uma das surpresas do período foi a predominância de produtores que atuam como Pessoa Jurídica (PJ), que registraram 243 pedidos, superando pela primeira vez os produtores Pessoa Física. Marcelo Pimenta, head de Agronegócio da Serasa Experian, comenta:
“É a primeira vez desde o último trimestre de 2023 que as RJs de Produtores PJ superam as de PF. Ainda estamos avaliando se houve represamento de pedidos ou mudança no perfil dos produtores”.
Entre os produtores PJ, a soja lidera com 192 solicitações, seguida da criação de bovinos, com 26 pedidos. Os produtores Pessoa Física registraram 220 solicitações de Recuperação Judicial no segundo trimestre de 2025, ligeiramente acima dos 214 pedidos do mesmo período de 2024.
Entre os diferentes portes de propriedades: grandes proprietários: 55 pedidos; médios: 43 pedidos; pequenos: 39 pedidos; arrendatários e grupos familiares ou econômicos sem propriedade: 83 pedidos.
EMPRESAS DO AGRO
As empresas ligadas ao agronegócio registraram 102 pedidos de Recuperação Judicial, um aumento em relação aos 94 pedidos do segundo trimestre de 2024. Os segmentos mais afetados foram: processamento de agroderivados (óleo, farelo de soja, açúcar, etanol, laticínios): 32 pedidos; agroindústria de transformação primária (madeira, couro, beneficiamento de grãos): 22 pedidos; comércio atacadista de produtos agropecuários primários: 18 pedidos.
Estados como Goiás e Mato Grosso apresentaram maior concentração de solicitações dentro da cadeia agropecuária.
O Agro Score, ferramenta da Serasa Experian, permite identificar meses antes produtores com maior propensão à inadimplência. A análise de dados demonstra que produtores que ingressaram com RJ apresentavam pontuação média inferior ao de produtores saudáveis três anos antes da solicitação.
Segundo Marcelo Pimenta: “O uso de modelos preditivos permite que credores tomem decisões mais seguras, evitando financiamentos a agentes em fragilidade econômica, reduzindo riscos e promovendo equilíbrio financeiro no setor”.
O indicador reforça a importância de análises detalhadas de crédito para minimizar impactos financeiros e fortalecer a saúde econômica do agronegócio brasileiro.
Fonte: DA REPORTAGEM
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