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Pesquisa alerta sobre impactos das queimadas na saúde da população do Pantanal
17 de Setembro de 2024 as 10h 38min

Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) alertam, em nota técnica, sobre os impactos da fumaça dos incêndios florestais na saúde da população de Cáceres e demais regiões do Pantanal mato-grossense.
Conforme a nota técnica, os incêndios são comuns durante o período de estiagem, mas a intensidade deles reflete diretamente na qualidade do ar e acendem um alerta para os efeitos sobre a saúde a curto e longo prazo.
“Em Cáceres, os efeitos da fumaça já são evidentes, com relatos de dificuldades respiratórias, aumento de atendimentos em unidades de saúde e agravamento de condições como asma, bronquite e pneumonias”, relatam os pesquisadores do curso de ciências biológicas.
Entre as recomendações dadas pelos pesquisadores, está de evitar trabalhos pesados, reforçar a hidratação e buscar unidades médicas em caso de sintomas respiratórios ou cardiovasculares.
A fumaça proveniente dos incêndios é composta por uma mistura de poluentes, como monóxido de carbono, material particulado (partículas muito finas de sólidos ou líquidos de substâncias tóxicas suspensas no ar) e até metais pesados como chumbo e mercúrio.
“Essas substâncias são extremamente tóxicas e afetam a saúde de forma aguda e crônica, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes”, explicam os cientistas.
Os pesquisadores citam estudos que comprovam que a exposição prolongada a esses poluentes e ao material particulado podem desencadear, a longo prazo, doenças autoimunes, crônicas, cardiovasculares e respiratórias.
Estudo realizado em Tangará da Serra, por pesquisadores da Unemat, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou aumento de 10% nas de internações por pneumonia e insuficiência respiratória por conta dos impactos das queimadas.
Por conta da forte estiagem, da intensidade dos incêndios florestais e dos seus impactos para a saúde humana, o Governo do Estado decretou situação de emergência em 58 municípios de Mato Grosso, incluindo Cáceres. A situação foi reconhecida pelo Governo Federal.
Fonte: DA REPORTAGEM
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