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Pesquisa populariza consumo de plantas alimentícias não convencionais em Sinop
21 de Setembro de 2023 as 06h 08min

Frequentemente despercebidas e confundidas com plantas invasoras ou daninhas, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) são tema da pesquisa desenvolvida na Escola Técnica Estadual de Sinop.
Coordenada pela professora Simone Guarnieri, o projeto pretende popularizar o acesso às principais informações dos vegetais, por vezes presentes em quintais, jardins e hortas de bairros.
Ora-pro-nóbis, Taioba, Beldroega, Peixinho, Fisális, quiabo de metro, capuchinha, vinagreira e batata yacon são bastante utilizados em algumas regiões do país, porém, totalmente desconhecidos em outras. Muitas dessas plantas crescem espontaneamente no solo por serem facilmente adaptáveis a diferentes ambientes.
Diante desses fatores, os professores e estudantes dos cursos de técnico em enfermagem e agropecuária da Escola Técnica Estadual de Sinop estão desenvolvendo o projeto “Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na região de Sinop: conhecimento, usos e segurança alimentar”, a fim de ampliar o conhecimento da população sobre o potencial sustentável do consumo desses tipos de vegetais.
A pesquisa conta ainda com a participação de pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Universidade de Kiel, na Alemanha. O projeto também recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).
Com as informações coletadas em trabalhos de campo, foi possível traçar o perfil de consumo; identificar as espécies mais facilmente encontradas e analisar os aspectos sócio-histórico-culturais, etnofarmacológicos e linguísticos. Há ainda o interesse em analisar o potencial das plantas para o desenvolvimento de medicamentos.
O estudo também tem o objetivo de aprimorar as técnicas de plantio de cultivo, além da disponibilização de um glossário etnobotânico para ampliação da consciência alimentar e o resgate dos saberes populares. Toda a proposta também está enquadrada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da região.
Para a coordenadora Simone Guarnieri, a pesquisa vai impactar diretamente na produção científica do estado e também na possibilidade de geração de resultados inéditos na área. Além disso, o trabalho também promove a valorização dos saberes tradicionais que estão presentes na rotina da população.
“Com esse projeto de pesquisa, a gente espera despertar nos agricultores envolvidos uma nova fonte de produção de renda, tocando a complexidade econômica da região, com potenciais na integração de políticas agrícolas e ambientais, que gerem benefícios econômicos. Por exemplo, fomentar a comercialização dessas plantas nas feiras livres da região”, explicou Simone.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as plantas têm atraído a atenção de agricultores e consumidores interessados em diversificar a produção e a alimentação com produtos orgânicos, mais nutritivos e saudáveis.
Os benefícios variam de acordo com a planta e já atraem muitos pesquisadores e chefs de cozinha que têm introduzido as PANCs em receitas gourmets e diferenciadas em restaurantes de grandes centros urbanos.
Fonte: DA REPORTAGEM
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