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Pesquisa seleciona os clones de seringueira com melhor desempenho
Novos materiais fornecem um produto de boa qualidade e vão prover maior diversidade genética aos seringais
05 de Dezembro de 2021 as 07h 00min
Elevada produtividade permitirá o aumento da produção nacional – Foto: DivulgaçãoUm trabalho de mais de 20 anos de melhoramento genético realizado por pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF) resultou na seleção de 14 clones de seringueira adaptados ao Centro-Oeste do Brasil e com produtividade média acima de 2 mil quilos anuais por hectare borracha seca – cerca de 26% superior à média dos mais plantados na região.
Além da elevada produtividade, que permitirá o aumento da produção nacional e a redução da dependência das importações, os novos materiais fornecem um produto de boa qualidade e vão prover maior diversidade genética aos seringais, importante estratégia para reduzir os riscos de ataques de pragas e doenças.
“O desafio para quem planta espécies perenes como a seringueira é a diversidade genética. Com esses resultados, oferecemos uma lista maior de clones para o produtor”, detalha o pesquisador Ailton Pereira, acrescentando que o melhoramento genético é a melhor maneira de aumentar a produtividade e a receita sem alterar os custos.
Os clones PB 312, PB 291, RRIM 713, PB 355, OS 22, PC 119, PB 324, PB 350, RRIM 938, PB 311, PC 140, PB 314, RRIM 901 e RRIM 937, oriundos da Malásia, foram registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para cultivo nas regiões do Centro-Oeste onde foram testados, especialmente em áreas com período seco bem definido, chamadas de áreas de escape ao mal-das-folhas (veja quadro abaixo), de acordo com o zoneamento climático da heveicultura no Brasil.
A SERINGUEIRA E O MAL-DAS-FOLHAS
Originária da Amazônia, a seringueira é a espécie nativa brasileira mais cultivada no mundo, ocupando mais de 14 milhões de hectares. Ela é a principal fonte de látex e borracha do planeta.
O látex é extraído pela sangria das árvores e contém em média 35% de borracha natural, usada na fabricação de pneus e de diversos produtos como luvas cirúrgicas, calçados e autopeças. A produção nacional – 376 mil toneladas de látex coagulado em 163 mil hectares em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – foi insuficiente para atender ao consumo de 500 mil toneladas estimado pelo International Rubber Study Group. O restante é importado de países como Indonésia, Tailândia, Vietnã e Malásia.
Tentativas de cultivo comercial em Fordlândia e Belterra (PA) na primeira metade do Século XX, e em toda a Região Amazônica na segunda metade, foram frustradas devido ao “mal-das-folhas”, causado pelo fungo Pseudocercospora ulei (Henn.), que é a principal doença que acomete os seringais da Região Norte.
Desde então, a heveicultura brasileira se deslocou para o Sudeste e o Centro-Oeste. Além de serem áreas de escape da doença, são hoje as principais regiões produtoras de borracha do País. São Paulo, com 249,3 mil toneladas, é o maior produtor, seguido por Minas Gerais (28 mil toneladas) e Goiás (25,9 mil toneladas) em 2020, de acordo com o IBGE.
Fonte: DA REPORTAGEM
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