Noticias
Produção de ouro registrada pelos garimpos em MT caiu 64% neste ano
21 de Setembro de 2024 as 05h 09min
MT passou de uma produção de de 6,6 mil kg para 2,3 num período de dois anos – Foto: DivulgaçãoAs medidas adotadas pelo Brasil, no ano passado, para controlar o comércio de ouro e combater a extração ilegal do metal surtiram efeito: o mercado do ouro brasileiro não é mais o mesmo e a produção de ouro registrada pelos garimpos despencou 84%. Em Mato Grosso, o percentual alcançou 64%.
É o que mostra o estudo “Ouro em choque: medidas que abalaram o mercado”, que acaba de ser lançado pelo Instituto Escolhas e traz um balanço sobre o impacto das mudanças nas regras do comércio de ouro.
O estudo mostra que, entre a produção de outo (em quilos) registrada entre janeiro e julho de 2022 foi de 6.636, reduzindo para 6.059 no mesmo período em 2023 (queda de 9%), e com nova retração brusca para 2.357 (64% em relação a 2022).
Duas medidas tiverem efeitos significativos e imediatos no mercado: a obrigatoriedade de notas fiscais eletrônicas e o fim do pressuposto da boa-fé, ambas voltadas para as transações com o ouro do garimpo.
Prova disso é que, em 2022, os garimpos registraram uma produção de 31 toneladas de ouro. Em 2023, logo após as mudanças, o volume caiu para 17 toneladas (redução de 45%). Entre janeiro e julho de 2024, o volume de produção dos garimpos já é 84% menor do que o registrado no mesmo período em 2022.
Mais de 70% da queda na produção de ouro dos garimpos em 2023 foi registrada no Pará. Entre janeiro e julho de 2024, o recuo na produção garimpeira do estado já é de 98% em comparação com o mesmo período de 2022.
O efeito das medidas adotadas também foi sentido nas exportações brasileiras de ouro. Em 2023, elas diminuíram 29% e, entre janeiro e julho de 2024, o volume exportado foi 35% menor do que o registrado no mesmo período em 2022.
Em 2023, os estados que registraram a maior queda nas exportações de ouro foram São Paulo – que não produz ouro, mas escoa o metal de garimpos na Amazônia – e Mato Grosso – onde predomina a extração por garimpos. Em relação ao destino, chama a atenção a queda nas exportações para Índia, Emirados Árabes e Bélgica, que, juntos, deixaram de comprar 18 toneladas de ouro, principalmente de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
“Com a adoção de medidas de controle onde, sabidamente, há indícios de ilegalidade, o mercado encolheu mesmo com o alto preço do ouro. Isso significa que portas foram fechadas para o ouro ilegal. Se, antes, o metal era facilmente ‘esquentado’ e exportado como ‘legal’, agora a história mudou e aumentaram os custos e o risco das operações ilícitas”, afirma a diretora de pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues.
Segundo ela, apesar de importantes, esses são apenas os primeiros passos. Há muito trabalho a ser feito até a completa transformação do setor. “Combater a extração ilegal deve ser uma prioridade, porque ela provoca danos ambientais e sociais enormes e de difícil reversão”, ressalta.
Entre os próximos passos sugeridos pelo estudo do Escolhas, está a obrigatoriedade da transformação das operações garimpeiras que atingem determinado patamar de valor de produção em empresas de mineração, o que permitiria melhores condições para lidar adequadamente com as obrigações sociais e ambientais.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
Veja Mais
Santa Carmem recebe abertura nacional da colheita da soja
Publicado em 31 de Janeiro de 2025 ás 17h 48min
Chuvas voltam com força e governo passa a monitorar 44 municípios
Publicado em 31 de Janeiro de 2025 ás 15h 43min
Registro sanitário de agroindústrias mais que dobrou em 2024, aponta Indea
Publicado em 31 de Janeiro de 2025 ás 13h 59min