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Projeto elaborado por mulheres quilombolas de MT conquista apoio da Fundação BB
23 de Agosto de 2025 as 07h 44min

A articulação entre a Associação Quilombola do Chumbo (Aquilumbo) e o Instituto Baquité Quilombola (IBQ) resultou na aprovação do projeto "Nossos Quintais Quilombolas: Alimentação e Ancestralidades" no Edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras da Fundação Banco do Brasil.
A iniciativa, que foi a única aprovada no estado de Mato Grosso, destaca a força da organização e o conhecimento ancestral das mulheres quilombolas de cinco comunidades: Ribeirão da Mutuca, Nossa Senhora Aparecida de Chumbo, Jejum, Campina de Pedra e Morrinhos.
O projeto, concebido e liderado por mulheres com profundo conhecimento de seus Territórios e tradições, baseia-se no conceito de “terreiro”, um espaço de autonomia, Resistência e soberania alimentar. O terreiro, mais do que um quintal, é o centro da vida, onde o conhecimento sobre a terra, as plantas e os animais se manifesta.
A iniciativa beneficiará diretamente 100 famílias, valorizando saberes ancestrais e práticas quilombolas e por isso agroecológicas. !Esta conta com uma tecnologia social quilombola que é o método 'cria solto e planta cercado', característico das práticas agrícolas de nosso povo”, explicou Fran Paula, da Coordenação Técnica do Projeto.
“Este projeto é o reconhecimento da importância do nosso trabalho e da força da nossa organização em rede", afirma Eleny Silva, uma das coordenadoras. "Ele nos permitirá não apenas resgatar e valorizar saberes ancestrais, mas também criar uma base sólida para a nossa sustentabilidade, garantindo a permanência de nosso povo em nossos Territórios e a transmissão de nossa história para as futuras gerações”.
O projeto busca fortalecer a rede de apoio, valorizar a cultura e a História do povo quilombola, e reforçar a capacidade técnica e a organização política das mulheres em suas atuações. A aprovação é um passo significativo para impulsionar a inclusão socioeconômica das mulheres negras quilombolas, honrando a luta dessas comunidades por reconhecimento e reparação.
As atividades planejadas incluem a implementação e monitoramento de quintais produtivos, a realização de oficinas de plantas medicinais e intercâmbios para troca de experiências entre as comunidades. A meta é fortalecer a rede de apoio, valorizar a cultura e a História do povo quilombola, e reforçar a capacidade técnica e a organização política das mulheres em suas atuações.
A aprovação do projeto, que está alinhado ao Eixo de Ação 02 do edital da FBB, é um passo significativo para impulsionar o empreendedorismo e a inclusão socioeconômica das mulheres negras quilombolas, honrando a História e a luta dessas comunidades.
“Para nós, mulheres quilombolas, a força de nossa ancestralidade é o que nos move. A luta por nossos Territórios e pela nossa cultura não pode ser dissociada da luta pelo direito de existir e de perpetuar nossos saberes”, afirma Laura Silva, líder e dirigente quilombola da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) Nacional e do território Ribeirão da Mutuca.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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