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Propriedades rurais chegam a ficar sete dias sem energia elétrica
07 de Maio de 2025 as 09h 59min

Assim como em qualquer outra atividade na cidade, o agro também necessita de energia elétrica nas propriedades rurais. No Distrito de Nova Fronteira, em Tabaporã, onde a agricultura familiar é significativa, são inúmeros os prejuízos causados pelas constantes oscilações de energia e até mesmo a sua falta. Segundo produtores e moradores da região, muitos produtores de leite já deixaram a atividade.
Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tabaporã, Neiva Regina, em alguns dias a energia chega a oscilar cinco vezes, antes de apagar. Ela conta que os produtores precisam correr para desligar os equipamentos das tomadas para não terem prejuízos.
“Da perda total em resfriador de leite. Os produtores chegam a perder 500, mil, 2 mil litros de leite. Tínhamos muitos produtores de leite aqui e 15 já saíram da atividade por conta da energia”, afirma.
De acordo com o Sindicato, que tem em torno de 600 associados em todo município, o Distrito de Nova Fronteira tem uma área agricultável de aproximadamente 63 mil hectares. Neiva explica que na câmara fria de algumas cooperativas, ontem armazenam frutas, a máquina não funciona e chegam a perder até 7 mil quilos de acerola.
“O pessoal acaba desistindo. A agricultura familiar é bem poderosa aqui. Ano passado teve até incêndio de sítio por conta de fiação elétrica de energia que caiu. E mesmo eles tendo o protocolo, não arrumam. Pelo preço que a gente paga, a nossa energia tinha que ser pelo menos 15 vezes melhor”, explica.
Empresário na região, Cristian Henrique Mezzalira, conta que tanto na loja de autopeças, no posto e, principalmente, no abatedouro local onde possui câmaras frias, motores e compressores de alto valor, a energia também oscila. “Volta e meia lá queima com essas quedas de luz e custa R$ 9 mil para arrumar. Como não pode parar, a gente é obrigado a comprar, pagar e colocar para funcionar”, diz.
Ele possui uma despesa mensal de energia elétrica em torno de R$ 30 mil entre o posto de gasolina, a loja de auto peças e a distribuidora de carnes. “Tem dias de ficar, meio dia sem ou até o dia todo, para os abastecimentos, para o sistema. Você não consegue nem consultar na loja de autopeças o preço do produto. Para tudo. É o comércio, é o agro todo esse pessoal sofre com esse problema”, frisa.
“A energia do motor é uma energia cara, mas foi a única saída que a gente achou para não ter perdas maiores. É combustível diesel, e o preço que está hoje o óleo diesel, o consumo chega aqui fica um diesel caro, há uns quinze anos que vem essa já essa energia que vem fraca. Deu qualquer queda para tudo. As vezes passa a noite com a gurizada, limpando o elevador, limpando reder, aí quando começa dar todas essas falhas, danifica equipamentos, e a gente tem que desligar a rede e botar motor”, conta Leonir.
ATÉ 7 DIAS
Algumas propriedades no Distrito de Nova Fronteira, chegam
a ficar sete dias sem o fornecimento de energia elétrica. Para evitar transtornos e prejuízos, José Rocha de Miranda, comprou um gerador, mas o aparelho, além de aumentar os custos, acaba não sendo suficiente para atender toda a sua demanda.
“A autonomia dele é só de quatro horas, então é só para manter coisas que são mais urgentes. O custo dele de quatro horas é quase oito litros de gasolina. Chega no fim do mês, tu tem a conta de luz e a conta de gasolina. De noite, de manhã não tem hora para dar as quedas de luz, ela vai a 280 volts e cai a zero, quando ela cai a zero se não queimar eletrodoméstico, cai a chave do transformador e daí que é o problema”, pontua.
A dona Terezinha Silvana Borges de Miranda, aponta que dentro de casa, os estragos são os mesmos e que quando a geladeira descongela, se puder tudo o que guarda nela. “Dá dó de jogar fora”.
Fonte: DA REPORTAGEM - Canal Rural
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